Houve época em que ter alguns bens, fruto de um trabalho decente, era motivo de orgulho.
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“Ser elite” – para usar uma linguagem bem atualizada – era pertencer à nata da sociedade, principalmente por causa de quanto dispunham nos Bancos .
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Ser pobre era enfrentar as dificuldades provocadas por um baixo salário, mas ter a dignidade de sentar à mesa diante da comida comprada com o dinheiro do seu trabalho e sem dever favores para se alimentar.***
Até que a politacalha lulista descobriu a melhor maneira de usar a pobreza dos outros como grande aliada. Basta grudar a boca num microfone o maior número de vezes, dizer que entende o pobre, porque também já foi pobre. Jurar que governa para o pobre. Fazer discursos agressivos em favor dos pobres e acusações voláteis contra os supostos inimigos dos pobres. Ao mesmo tempo, demonstrar horror à elite, mesmo fazendo parte dela (mas disso o pobre não sabe) e culpá-la sempre pela pobreza. Repetidamente, cansativamente, ele cria um clima de insatisfação de uns contra os outros .

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Muitos já devem ter esquecido, mas Luís Inácio não é presidente do pobre, mas do país, tem obrigação de cuidar dos interesses de todos os brasileiros, tenham eles mais ou menos recursos. O trabalho de um Presidente da República não é o mesmo de um assistente social, mas ele finge que não sabe pois este papel lhe rende a simpatia de um povo que perdeu o orgulho.
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Como as pessoas se deixam levar pela maioria fabricada (a moda comprova isso), e sentem medo da desaprovação alheia, a tudo assistem sem criticar para evitar o risco de serem consideradas preconceituosas, insensíveis, inimigas de pobre.
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Os constantes discursos, que acusam sem citar o acusado, feitos aos gritos "revoltados" por nosso presiMente - infelizmente, pois bem que poderia ser apenas deles, dos pobres - devem provocar uma sensação de culpa em muitos que os ouvem. Luís Inácio, esperto, sabe disso. Essa é a arma que tem usado desde a época em que deixou de trabalhar para ser sindicalista (embora continuasse recebendo salário como trabalhador da Empresa Villares - (depois acrescento dados da entrevista em que o próprio Luís Inácio admite isso) .
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Antes, ser criminoso, ladrão, traficante, era motivo de vergonha, ou no mínimo constrangimento. Agora, com o advento deste populismo nocivo, é motivo de pena e merece compreensão dos "mais favorecidos". Quando havia dignidade, viver às custas de esmolas ou depender do governo para comer, seria uma situação desagradável a ser evitada. Hoje, após esta mudança de valores, o pedinte chega com arrogância para exigir "os seus direitos" , que é compartilhar do que temos, mesmo contra a nossa vontade .
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PresiMente, grite menos e seja mais claro.
Diga o que para você é elite apenas citando exemplos.
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