
Dizem os especialistas no assunto que Luís Inácio tem duas saídas para resolver o imbroglio em que se meteu, por conta de seu grande amigo Hugo Chaves, no caso de Honduras: dar asilo a Zelaya ou entrar num acordo com Micheletti para evitar que ele seja preso ao sair da casa que transformou em propriedade sua, mas que era, antes, a embaixada brasileira. Vale a pena ler o artigo de hoje escrito por Ricardo Noblatl, O bobo de Chávez.
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Temos, então, um grave problema. Luís Inácio, com a arrogância de quem se acha o dono da palavra (embora não tenha 'convencido' a ONU, como pretendia) dificilmente vai tentar um acordo com atual governo, golpista ou não, de Honduras. Bem... a não ser que sua situação se torne pior do que já está perante os governantes de outros países. Caso isto ocorra, arranjará um argumento convincente e será capaz até de abraçar Micheletti ou beijar sua mão. Talvez diga, como de de hábito, que foi um mal entendido implantado pela oposição que deseja destruí-lo.
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Luís Inácio não tem noção de como deve agir um chefe de Estado, principalmente em questões internacionais. Da mesma maneira que num de seus discursos soltou aquele inesquecível SIFU, termo de baixo calão abreviado, insiste em se referir a Micheletti com agressividade, sem citar seu nome, o chamando sempre de golpista, usurpador.
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Agride Micheletti com a desculpa de ser um democrata contra a ditadura em Honduras, ao mesmo tempo que mantém laços de amizade com ditadores como Fidel e Kadafi, dentre outros. Na verdade, Luís Inácio é favorável a ditadura, sim, desde que seja canhota (esquerdóide), como se fosse crime simpatizar com regime de direita, ou um erro não pensar do jeito que pretende que todos pensem. Mas não há argumento que justifique um chefe(te) de Estado se referir a outro grosseiramente como ele tem feito. Luís Inácio se comporta como sindicalista - o que nunca deixou de ser - ao tratar da crise externa em que está envolvido até o cangote.
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Enquanto isso... Zelaya se sente em casa e não o respeita. Ignora seu pedido, que deveria ser uma ordem, para agir de maneira politicamente correta (dito por Luis Inácio). De dentro da 'embaixada' brasileira Zelaya prega desobediência civil e convoca protestos pelas ruas.
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A foto acima não nos deixa mentir.
Esa é a imagem de uma embaixada ou a casa da mãe Juanita, como disse Noblat?
É um urubu ou um avião?