Hoje, o jornal apresenta a foto ao lado com o seguinte comentário: "Cara pintada contra a tortura". A reportagem comenta a 'revolta' de alguns jovens durante a audiência de ontem em que o coronel Ustra seria julgado pela tortura feita na época da ditadura em que chefiava o DOI-CODI.
A ação foi movida pela família de um dos torturados e mortos na época da ditadura, porém o jornal cita também outros manifestantes como se ali houvesse uma quantidade enorme de pessoas, inclusive os conhecidos jovens 'cara pintada'. Só que, da mesma forma que vemos a história de Bete Mendes abaixo, vemos a atuação político-social de jovens que só entendem de passeio pelos shioppings ou papo no facebook ou msn.
Talvez alguém tenha a cara-de-pau de chamar de maldoso o comentário sobre a verdadeira atuação dos milhares de caras-pintadas. Mas isso não passa, como também não passou na época de Collor, de uma atuação preparada e direcionada.
Se nem mesmo os adultos sabem o que ocorre ou ocorreu um dia na vida política brasileira, seria um alucinação esperar que os jovens - com tão pouca instrução quanto estímulo - saibam de alguma coisa. Portanto, que façam um teste. Por exemplo, perguntem a uma moça ou algum jovem conhecido quem é o coronel Ustra; a um adulto, pergunte quem é Ideli Salvati ou Cristovam Buarque. Caso não pretendam se enrubescer, aconselho lembrar, antes de fazer o teste, que há pouco mais de um ano atrás os brasileiros de qualquer idade nem sabiam quem era a atual presidente do país.
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O artigo completo, no site http://www.ternuma.com.br/ternuma/index.php?open=20&data=83&tipo=2, conta o causo da tortura sofrida por Bete Mendes, que teria sido vítima do próprio Ustra. Abaixo alguns trechos do artigo.
O Coronel Ustra exercia, em 1985, as funções de Adido do Exército junto à Embaixada do Brasil em Montevidéu, Uruguai. Pela importante função que ocupava, uma campanha contra ele, movida pela esquerda revanchista, teria repercussão internacional.
A oportunidade se apresentou quando o Presidente José Sarney programou uma visita oficial ao Uruguai.
A esquerda começou, então, ávidamente, a montar a farsa para tentar desmoralizar, lá em Montevidéu, o nosso Adido do Exército.
A então deputada Bete Mendes foi a escolhida para ser o pivô da campanha contra o Exército Brasileiro, na pessoa do Coronel Ustra. ... Tudo estava preparado nos seus mínimos detalhes. As denúncias contra o Cel Ustra deveriam explodir em manchetes dos jornais e em cadeia nacional de TV, com o maior sensacionalismo, imediatamente após o retorno de Bete Mendes ao Brasil.
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A Novela - trechos
Não houve reencontro no aeroporto.
... cometeram um grande erro, que começou a tirar a veracidade do “script”. ESTE REENCONTRO NO AEROPORTO JAMAIS EXISTIU. As autoridades brasileiras e uruguaias foram cumprimentadas, unicamente, pelo Presidente Sarney e sua esposa, D. Marly. Bete Mendes e o restante da comitiva, ao saltarem do avião, passaram pela sala Vip e embarcaram direto no ônibus que os conduziu ao hotel. Ustra e os demais membros da embaixada estavam muito distantes.
Bete Mendes não foi torturada. ...
Bete Mendes, banhada em lágrimas, reúne a imprensa e, numa entrevista coletiva, narra o quanto sofreu, ao ver o seu “torturador” perfilado entre as autoridades, no momento em que a comitiva as cumprimentava, após a chegada no aeroporto de Carrasco.
Mas, o que Bete Mendes e os autores desta novela não esperavam era a reação do Cel. Ustra, que escreveu o livro “Rompendo o Silêncio”. Nele, Ustra desmente a então deputada em todos os pontos de sua denúncia, a chama de mentirosa e de farsante.
Na entrevista dada à revista Afinal, nº 44, de 02/7/85, um mês e 14 dias antes de enviar sua carta ao Presidente Sarney, a deputada assim se referiu ao período em que esteve presa no DOI: “admirador de telenovelas, o Coronel, que acabava de assumir o comando do DOI/2ª/IIEx, (Ustra) não conseguia entender o que fazia enclausurada, em seus domínios, aquela moça tão bonita.” “Por que a Renata do Beto Rockfeller está aqui?” – “quis saber o Coronel...” Nessa ocasião, ela não disse que fora torturada.
... em seu depoimento, durante seu julgamento, em 30/03/1971, na presença de seus advogados, não denunciou as torturas que afirmou ter sofrido. Ao contrário, chorou copiosamente e em depoimento que prestou, livre e sem qualquer coação, segundo ela, afirmou estar arrependida de sua participação como chefe do Setor de Inteligência da VAR-Palmares, uma das organizações terroristas mais violentas na época.
O coronel Ustra faltou à audiência de ontem, porém
isso jamais poderá ser usado para justificar erro dos outros,
como certamente tentarão fazer.
Ao procurar alguns dados no blog
http://dilma-mostra-tua-cara.blogspot.com/, descobri que diversos videos foram retirados. Provavelmente depois de Dilma se tornar presidente da república, como se o cargo os impedisse de expor situações reais.
VIDEOS REMOVIDOS PELOS USUÁRIOS: 1 Quais livros a senhora leu? ; 2 Disk 8 4 2010 Dilma ladra; 3 - Dilma é bandida, diz o filho de um dos ministros de Lula; 4 - Vídeo em que Reinhold Stephanes Júnior afirma que José Dirceu e Dilma Rousseff são bandidos; 5 - Reinold Stephanes chama José Dirceu de bandido.
Enquanto não é retirado, o vídeo abaixo mostra o que fazem os bons moços:
VIDEO CHAVES E DILMA LINHA DURA