... que se transformou num tigre.
Era uma vez, uma senhora muito boazinha (embora fofoqueira, é verdade) que vivia cercada de animais domesticados e bem calminhos.
Um dia, surgiu do meio do mato um bichinho recém-nascido e muito barulhento. Como ela já estava cansada de tanto silêncio, resolveu adotá-lo.
A senhora boazinha e fofoqueira passou a lhe dar toda a atenção e vivia dizendo que, depois que ele surgira, os outros animais haviam se animado. Tudo o que ele fazia, era aplaudido por todos à sua volta e principalmente por ela. Foi muito divertido no início. Acabara aquela pasmaceira.
O bicho do mato ficava cada vez mais convencido do seu poder sobre os outros. E foi crescendo, foi engordando. Até o dia em que a sua 'mãe adotiva', que o alimentara bastante e o tornara tão robusto, percebeu que à sua frente estava um enorme tigre, autoritário e temido. Mas, mesmo assim, todos continuaram convivendo razoavelmente bem.
Entretanto, chegou uma hora em que o tigre passou a promover uma baderna tão insuportável que desagradava não só alguns animaizinhos, como também a boa senhora, a sua mãe adotiva. Tarde demais, ela tentou colocar ordem na casa.
O tigre a devorou.
*
Parece historinha de livro infantil, não parece? Mas é a história da mídia brasileira que alimentou a vaidade de Luís Inácio e impulsionou sua megalomania com entrevistas e perguntas que mais pareciam pedidos de conselho ao único ser capaz de resolver os problemas, inicialmente dos trabalhadores e, logo depois, do país inteiro.
Que, agora, a imprensa engula as diversas tentativas de censura que 'o bicho do mato' tenta lhe impor, depois de virar um perigoso tigre. Só esperamos que saiba fazer o inverso, pois poder para isso não lhe falta.
Parem de tanto falar em 'Lula'. Se refiram a ele apenas como o presidente do Brasil. Dará certo por dois motivos: 1 - seu ego ficará abalado e terá dificuldade para sair do ostracismo depressivo; 2 - o eleitor, que esquece tudo rapidamente, em pouco tempo talvez até esqueça de quem se trata. Dá para imaginar uma entrevista em que o jornalista lhe pergunta "o que você acha do Lula?" E o entrevistado responde, depois de muito pensar: "Não sei, só vejo as novelas da grobo".