Os carros de Gilmar Mendes, presidente do SUPREMO Tribunal Federal, e seus seguranças pessoais foram flagrados estacionados em vagas destinadas a portadores de deficiência física. A foto da infração foi divulgada pelo jornal Campus da Faculdade de Comunicação da Universidade de Comunicação de Brasília, onde ele é professor. Além da foto, o jornal informa que este procedimento, pouco de acordo com um presidente do STF, é bastante comum.
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Mas nem é este o caso, pois sabemos que não respeitar normas ou mesmo leis é natural entre aqueles que se julgam poderosos. Interessante foi a Assesoria de Imprensa do STF afirmar que seria aberto procedimento para apurar o caso.
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O que seria apurado? A veracidade das fotos? Ou qual o nome dos motoristas que estacionaram os carros indevidamente, pois estes, sim, seriam passíveis de punição?
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Embora o 'vamos averiguar' seja linguagem já conhecida como desculpa, e não signifique absolutamente nada, é bom lembrar que os motoristas vão à Faculdade com Gilmar Mendes. E seria obrigação dele não permitir que deixassem seus carros em lugar inapropriado.
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Este é o mesmo caso em que os ladrões do Congresso são apanhados em flagrante com a mão gorda se apropriando do dinheiro alheio e, mesmo diante de todas as evidências, resolvem apurar o fato com a criação de CPIs. A única diferença é que Gilmar se apodera da vaga alheia e, para resolver, resolvem 'averiguar'.
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Simples.
É só dizer 'vamos investigar' ou criar CPI que fica tudo resolvido.
E fica tudo como antes no quartel dos meliantes.
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Só uma perguntinha: a ocupação privada de Vossa Excelência como co-proprietário da dita faculdade autoriza o uso de motorista, segurança e carro sustentados pelo erário? Ou, por acaso, carro, segurança e morotista estão na folha de pagamento pessoal do dito ministro? Pouco provável. Em outras palavras, o Excelentísimo Senhor Doutror Ministro está usando carro oficial, motorista oficial, segurança oficila para burlar uma determinação legal e oficial.
ResponderExcluirO 'vamos investigar', ou 'vamos criar uma comissao de inquerito', de 'investigacao', seja la o que for, sao as desculpas mais esfarrapadas de autoridades quando sao flagradas pela imprensa em situacoes desse tipo, pelo menos ilegais, ou no minimo ilegitimas, todas elas reduzidas a um denominador comum: usar prerrogativas do cargo, meios e recursos publicos, para fins exclusivamente privados, particulares, individuais, transferindo o onus e os custos dessa dedicacao paralela a atividades privadas para a coletividade.
ResponderExcluirJa ninguem se espanta mais, tantas sao as malversacoes das mais altas autoridades, alias elas acham que tem mesmo é de fazer isso, pois afinal de contas ja estao servindo ao povo em suas funcoes.
Para qualificar esse tipo de coisa, apenas empregando adjetivos obscenos, tanta deveria ser a nossa indignacao com essas situacoes.
Aparentemente vai continuar, pois ninguem, de verdade, pensa em acabar com as mamatas com dinheiro publico...
O problema é que a classe dominante - Habitantes de Brasília, Executivo, Legislativo e Judiciário - acredita ser raça superior e que tudo lhes é permitido. A lei só vale para nós pobres mortais.
ResponderExcluirSerá que eles respeitam as próprias genitoras? (O Indignado)
ResponderExcluirÉ bem evidente que as normas e leis não servem para quem as impõe.
ResponderExcluirMarcos, você comentou sobre o que nem havia me ocorrido, que é a aparelhagem de segurança em volta do ministro, por ter se tornado comum. Aliás, em termos de segurança, porque o presiMente também anda tão protegido se é tão adorado?
Laguardia, vou a uma festa junina no próximo fim-de-semana. Depois te mando uma foto bem 'especial'. Aguarde.
Paulo, seja bem vindo.
Um abração a vocês, Ju