O que diz a história
Trecho de entrevista ao Pasquim, 24 e 31 de março de l978. Entrevistadores: Ziraldo, Félix, Chico Júnior, Luís Antônio Mello, Ricky, Expedito Teixeira, Mário Augusto Jacobskind, Darwin, Jaguar e Roberto Moura.
- Quantos você tem?
- Trinta e dois.
- E quantos de batalha?
- Comecei no sindicato em 69, levado por meu irmão, um daqueles foi preso em 75, na época do Vlado (Vladimir Herzog) quando era vice-presidente do sindicato de metalúrgicos de São Caetano. O nome dele é José Ferreira da Silva, mas o apelido é Frei Chico. Inclusive estava pra ser condenado por ser esse o seu codinome. "Você é frei Chico, foi o Partidão que te deu esse nome"! Pô, fomos nós lá no sindicato que pusemos esse apelido nele e foi preciso que os diretores do sindicato fizessem uma declaração confirmando isso.
- Onde você trabalhava nessa época? - Na Villares. Torneiro mecânico.
- Era bom de torno?
- Me achava bom, sabe, tinha 14 anos de profissão. E continuo na Villares.
Vamos fazer as contas? Em 78, Luís Inácio tinha 32 anos. Em 69, foi trabalhar no Sindicato (na área administrativa, inicialmente). Portanto, em 69 , ele teria 23 anos. Diz ele que, em 69, tinha 14 anos de profissão (torneiro mecânico). Portanto, se tornou um profissional (não um trabalhador) com apenas nove anos de idade. É possível terminar um curso profissionalizante aos nove anos de idade?
O que pode ter ocorrido nas afirmações publicadas ? 1- Luís Inácio é um gênio, o que sabemos não ser verdadeiro, pois verborragia manipuladora não significa genialidade. 2 - Houve erro de impressão na edição do livro. 3 - Luís Inácio mentiu (o mais provável). 4 - Os entrevistadores são piores em cálculo do que eu, ou estavam sob o efeito de algum alucinógeno para não perceberem o absurdo de tais afirmações.
Manchete, 20/06/79 Entrevista concedida a Néson Blecher
- ... trabalhei 11 meses em outra empresa. Depois saí porque exigiam que eu fizesse trabalho extraordinário aos sábados e eu não queria. Aí entrei para a Villares em janeiro de l966. E estou lá até hoje (?). Está lá, apenas oficialmente, porque já trabalha para o Sindicato em horário integral.
Para recusar trabalho extra, naquela época Luís Inácio já estava bem financeiramente . Detalhe: foi a tal empresa "escrava" que pagou seu curso profissionalizante. Deve ter se arrependido pelo péssimo investimento.
Esqueci de anotar a origem da entrevista de onde retirei o texto abaixo - completo depois.
- E a CGT?
- Na estrutura sindical, criar uma CGT seria criar mais um cabide de empregos – uma cúpula sindical – com poucos resultados para os trabalhadores. No Brasil de hoje há dirigentes sindicais sérios e dispostos a servir a classe.
CONTRADIÇÃO na Folha Online 09/10/2002 - 20h30 -
PT vai correr atrás de votos da Força, CGT e SDS / FABIANA FUTEMA
O PT criou uma terceira frente de comando para conquistar novos votos do eleitorado para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. É a frente sindical, coordenada pelo presidente comitê sindical nacional, Heiguiberto Guiba Navarro, pelo presidente da CUT, João Felício e pelo secretário-geral da central, Carlos Alberto Grana.
Diário do Grande ABC, 23/07/78 - Entrevista concedida a Eduardo Dntas, Alzira Rodrigues, Alexandre Polesi, Edardo Camargo e Édison Motta.
“Nós não podemos permitir que uma lei feita por uma minoria tenha que ser respeitada pela maioria. Deve ser justamente o contrário.” Portanto, as leis que beneficiam políticos, como ele, não podem ser PERMITIDAS.
Jornal da Semana de São Bernardo do Campo e Diadema - 29/4/79
“A estruture sindical não prevê trabalhadores se colocando em movimento, mas paralisados com o paternalismo do Estado. Quando reivindicam, os operários se defrontam com uma estrutura fascista, antiquada. Os líderes sindicais deveriam lutar para ACABAR COM O IMPOSTO SINDICAL, para que os próprios trabalhadores sustentassem diretamente os sindicatos. É O IMPOSTO QUE LIGA OS SINDICATOS AO GOVERNO.
Luís Inácio acaba de beneficiar os sindicatos
com impostos obrigatórios que prejudicam o trabalhador.
Tribuna da Imprensa, 12/02/80 Entrevista concecida a Antônio Caetano
“Chega de dádivas do governo. A estrutra sindical que temos hoje, dada por Getúlio Vargas e que o Brizola tanto defende, é como uma gaiola, onde o passarinho tem alpiste, tem água, mas está preso.
“... Não queremos que o trabalhador se contente com um litro de leite, queremos despertar na cabeça do trabalhador o desejo de conquistar uma vaca.”
Isto É, 20/02/80 Entrevista concedida a Nunzio Briuglio
“E gente que quer ver o trabalhador vivendo de migalhas que caem na mesa do poder, e não de conquistas substanciais para nossa vida.”
Nada é eterno.
Segundo um amigo, na época engenheiro da Villares, Lulla era funcionário com carteira assinada e recebia mensalmente PARA NÃO APARECER NA FÁBRICA, pois todas as vezes que o fazia só gerava confusão, paralizações para vomitar demagogias mentirosas sobre os companheiros, etc., portanto, a diretoria preferiu pagá-lo para que não aparecesse.
ResponderExcluirA falta de caráter nos meios políticos, e seus "negócios" excusos, bem como a exixtência de Cartões Corporativos, com os abusos cometidos, e todas as cpmiS, SENDO CONTROLADOAS PELOS LÍDERES DO GOVERNO, QUE SÃO A MAIORIA, não há como se melhorar o País e tornar as pessoas mais sérias e responsáveis, inclusive temos o péssimo exemplo de impunidades que até hoje se fala, por exemplo, o mensalçao, os "balcão " de negócios no conbresso! está ruço!
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