"O hábito de parar na portaria do Alvorada seria deixado de lado ainda no tempo de grande popularidade, no primeiro ano de mandato. Numa ocasião, Lula foi surpreendido por um casal de empresários, que aproveitou para reclamar que tinha falido por conta da carga tributária do governo Fernando Henrique. O presidente havia parado para cumprimentar as pessoas quando a mulher se jogou na frente do carro dele. A empresária se aproximou com um cartaz: “Lula, não queremos promessa: queremos solução.” -Tá bom, tá bom... – disse Lula, que em seguida autografou o cartaz.”
(Viagens com o Presidente, pág. 35)
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Hoje temos três tipos de pequenas empresas: as informais e despreocupadas, que não precisam dividir com o governo grande parte do dinheiro de seu trabalho; as que se mantêm numa eterna corda bamba para não fechar as portas; as que sobrevivem porque sonegam. Bem, depois que nosso grande tributarista Francisco Dornelles disse, em defesa de Renan Calheiros, que sonegar não é crime, 'enganar' o Fisco, da mesma forma que somos todos enganados, é mais do compreensível e até aceitável.
No Brasil, sonegar não é crime, é necessidade.