AOS ROEDORES: "Vai um queijinho, aí?

 

Renan diz que

é 'comodismo' apenas fazer protestos

Renan Calheiros tem sido alvo de um enorme manifesto popular contra sua revoltante  eleição à presidência do Senado,  por ser uma espécie de deboche ou uma forma de esfregar no nariz das pessoas mais conscientes que, atualmente, os ladrões  se dão ao luxo de se mostrarem gente de bem.  Diante disso, como mais uma forma de rir de nossa cara, Renan Calheiros teve a cara-de-pau de chamar de  "comodismo" os protestos que forem feitos fora do âmbito partidário.

 

 

Renan disse defender a liberdade nas redes sociais,  anunciou novas medidas administrativas no Senado e disse ainda que, se fosse jovem, também estaria em protestos.  Ou seja, se fosse jovem, o que já deixou de ser há bastante tempo, estaria protestando contra ele mesmo!

 

 

"Se eu fosse jovem, não tenham dúvida, estaria participando destes protestos.  Existem duas maneiras de ajudar o país: uma é ficando fora e outra é participando dos partidos. Vamos dar as melhores respostas aos que, diferentemente de vocês, ao invés de vir para os partidos como vocês fazem, ficam fora, na comodidade dos protestos, reclamando e, desta forma, não podem contribuir", disse o senador, para a plateia formada em sua maioria de jovens."

 

 

No meio de tanta mixórdia, alguns militantes ecoavam canções de apoio, na base do indecoroso "Renan é nosso amigo, mexeu com ele, mexeu comigo".  Cabe perguntar a eles:  "Vai um queijinho aí?"


Em mais uma demonstração de aprovarem a safadeza parlamentar, lembraram também de - logo quem! - do senador José Ribamar, o Sarney.  Um grupo de jovens  teve a coragem de  soltar o que mais parecia um fétido peido:  "Sarney, herói do povo brasileiro", enquanto empunhavam a bandeira do sofrido Maranhão.

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Abaixo, o que se fez "comodamente" e,

amanhã, uma forma nada cômoda de

expulsar quem não presta da vida pública.

Uma série de atos contra a eleição de Renan ao comando do Senado foi realizada no último mês em diversas localidades do país.

No dia 24 de fevereiro, cerca de 300 pessoas participaram de uma caminhada na praia de Copacabana, zona sul do Rio, para pedir a cassação do mandato do senador.
 

No dia anterior, uma manifestação contra o peemedebista bloqueou parte da avenida Paulista, região central de São Paulo.
 

Em outra ação, realizada no último dia 20 de fevereiro, o movimento "Fora Renan" entregou em ato no Congresso Nacional um abaixo-assinado com um 1,6 milhão de assinaturas exigindo a saída do político do Senado.
 

No evento de hoje também participaram o vice-presidente da República, Michel Temer; o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-AL); e outros integrantes da cúpula do partido.