Uma analise do carisma - Afinal de contas, o que é carisma?! - Mario Guerreiro (22.09.2010) - Artigo completo no blog DIPLOMATIZANDO
Mario Guerreiro faz uma análise muito interessante da palavra
carisma.
A palavra carisma teria dois significados: o inicial, em que
Charisma teria origem grega, onde o cristianismo primitivo
consideraria essa palavra como sendo uma graça, um dom divino.
Em outra situação, Max Weber teria sido o primeiro indivíduo
a encompridar o sentido da palavra carisma.
Para Weber, carisma passou a ser uma qualidade excepcional, tanto real quanto
imaginária, que teria um sujeito capaz de exercer influência e liderança sobre determinado grupo de indivíduos.
Weber não usou o signficado teológico, original do termo. Usou a
concepção laica da palavra carisma. Se para
a explicação religiosa seria necessário que Deus ofertasse uma excepcional qualidade
a algum ser para que se dissesse ter ele carisma, para Weber bastaria que ele possuísse
capacidade de liderança, o que pode ser praticado tanto para o bem quanto para o mal e pode ser mais direcionado a um determinado tipo de pessoas, embora não funcione com todos. Bastaria que o indivíduo soubesse se aproveitar
da sua capacidade de conduzir, persuadir, inflamar algum grupo de pessoas para onde
quisesse, fosse para onde fosse.
“... no mundo contemporâneo há uma
valoração positiva da expressão “líder carismático”, como se uma liderança
carismática fosse sempre uma algo positivo, unicamente conduzindo um grupo
maior ou menor de indivíduos à prática do bem.”
Por uma questão de lógica, apenas os indivíduos muito espertos saberiam se
aproveitar de uma qualidade sua para se impor, mesmo que o fizesse acima de pessoas mais limitadas. Em seu artigo,Mario Guerreiro diz que a astúcia não seria uma qualidade positiva nem negativa,
pois tudo dependeria de quem ou com qual
objetivo ela fosse empregasse ("se a empregar
para se defender de quem preparou uma armadilha ou para passar a perna nos
outros").
As características de um ser carismático estariam no seu poder de comunicação, de persuasão e
liderança ou tudo dependeria do tipo de gente que seriam seus
liderados? Quem lidera um grupo de pessoas
menos inteligentes ou com poucas informações
seria capaz de liderar um outro grupo totalmente diferente?
Afirma Mario Guerreiro que um verdadeiro líder carismático não finge ser uma
personalidade que nunca foi, como se estivesse representando para uma platéia,
embora, dependendo de sua doença, algumas pessoas até acreditem no papel que estão
representando naquele momento, o que não deixa de ser de grande ajuda para quem
pretende encaminhar ou desencaminhar os outros.
“... ser carismático não é nenhuma
virtude ética, limita-se às capacidades de persuasão e liderança. Tais
capacidades, como já vimos, dependem muito do reconhecimento e do acolhimento
dos liderados que se identificam com o líder.
... não só os anseios e as expectativas,
mas também a especial mentalidade da platéia é que fazem de alguém um
verdadeiro líder carismático.
O escritor faz referência a diversas pessoas consideradas carísmáticas e outras não. Dentre elas, como não poderia deixar de aludir, fala sobre o ex-presidente L---, que já perdeu quatro eleições antes de se tornar
presidente, lembrando que dizem ser ele a “cara do povo (do povo brasileiro, é claro!). Como disse Mario Guerreiro em seu artigo, ser a cara-do-povo
(do povo brasileiro!) é o mesmo que “ser semiletrado,
bravateiro, orgulhoso de seu despreparo e ignorância, matreiro, fiel seguidor
da “Lei de Gérson”, manipulador, inconseqüente, emissor de chavões esquerdistas
e abobrinhas de apedeuta, cara-de-pau, amante de mordomias y otras cositas
mucho más malas..."
Nos cabe fazer mais uma pergunta?
O verdadeiro carisma brasileiro não seria a oferta de parcas "benesses" (com o dinheiro dos outros)
ao invés de uma característica?
ao invés de uma característica?
“... a
democracia é uma aristocracia de pilantras?”
(Lorde Byron).
“... a democracia não passa
de uma ficção estatística?”
(Jorge Luis Borges).
“a democracia corre
sempre o risco de se transformar
numa ditadura da maioria?
(Tocqueville).
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