Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz 2009 no país da bandalheira

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Ontem, recebi nosso Jornal com votos de Feliz 2009. Ao retirá-lo da embalagem natalina vemos a reportagem em letrais garrafais: Projetos na Câmara criam 37 mil cargos por R$ 1,3 bilhões. Talvez devessem colocar tal manchete na última página para não parecer deboche.
*** Enquanto isso, dentre outras milhares de patifarias:
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Romero Jucá (do PMBD/RR) fez elogios cínicos ao planejamento que reduz os gastos nacionais, pois ‘vivemos uma realidade que precisa ter cortes’, disse ele ... depois de votar pela criação de mais 7.343 cargos para vereadores. Suplicy e Mercadante, em sua hipocrisia indecente, atacaram duramente esta proposta indecorosa, e, no entanto votaram a favor.
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Osmar Serraglio (também do PMDB) lança sua candidatura à Presidência da Câmara, com a proposta imoral de construir um novo prédio para ampliação dos gabinetes dos deputados e PLANO DE SAÚDE para os funcionários comissionados. Provavelmente, no espaço de que dispõem, não cabem tantos aceclas. E ter Plano de Saúde é indispensável num país em que a Saúde está à beira da morte.
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A Câmara Federal mostra o que é considerado importante pela politicalha nacional ao cassar o primeiro deputado por infidelidade partidária. Num país em que jamais foi visto um parlamentar ser cassado por desonestidade e falta de caráter. Talvez a preocupação de nossos parlamentares seja não deixar a Câmara com apenas cadeiras vazias. ***
Garibaldi Alves, que recusou a canalhice disfarçada em filantropia, preside no Senado a aprovação de mais 800 cargos públicos para administrar museus brasileiros.
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Nossos representantes já planejaram o que, para eles, é prioritário: a lei orçamentária sobre a criação de cargos, o que para nós é novidade.
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O DIAP apresentou os números que comprovam a improdutivadade do Congresso. Segundo seus dados, em 2008 “mais da metade das leis aprovadas (224) trata de homenagens, datas comemorativas, remanejamentos de recursos do “Orçamento e criação de cargos”.

*** *** Um excelente ano novo para todos. Que a tolerância pelo desrespeito acabe. Que nosso papel de algozes, imposto por um governo populista, se transforme em imposição rude aos nossos direitos de cidadãos. Que o sentimentalismo manipulado pela hipocrisia governamental, diante da oportuna pobreza alheia, seja substituído pelo nojo.

Que em 2009 tenhamos ânimo para reagir não apenas com palavras.

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