No sábado, saiu uma reportagem sobre a biografia do mediocre Hitler feita pelo historiador inglês Ian Kershaw. São mais de duas mil páginas, em dois livros. Abaixo pequenos comentários do historiador que se identificam com algumas coisas que temos acompanhado ultimamente no Brasil. O historiador mostra como um ser insignificante, porém bom orador, vai crescendo até se tornar um perigo, sem que a maioria das pessoas percebam.
Abaixo um vídeo e, em seguida,
trechos da biografia e comentários.
"...a ascensão e o poder de Hitler sem levar em consideração certos traços pessoais, como o talento retórico e o apelo carismático?
"Hitler era um orador extraordinário, mas temos que lembrar que até 1928 esse orador extraordinário tinha muito pouco impacto sobre a sociedade alemã. Nas eleições de 1928, apenas 2,6% votaram pelo partido de Hitler. "Nas condições da Depressão/1930 em diante, isso mudou."
O que tornou Hitler um homem poderoso não foram suas qualidades ideológticas, mas a crise na sociedade alemã que precisava de socorro e viu a salvação em sua oratória. Mantendo as devidas proporções, o caso de LI é bem parecido. LI, por exemplo, custou a se tornar conhecido, o que só ocorreu com a ajuda dos meios de comunicação. Mesmo assim, precisou se candidatar cinco vezes à Presidência da República. E, ao invés de prometer salval a Alemanha, LI fez promessas aos mais necessitados brasileiros.
"As ideias cruciais para que ele chegasse ao poder não eram exclusivas de Hitler, mas ele as apresentava de uma forma particular." Ele dizia: “só nós podemos tornar a Alemanha forte de novo, devolver seu orgulho como um país”.
Enquanto LI diz "só nós podemos acabar com a miséria."
Hitler se tornou tão poderoso porque conseguiu convencer a Alemanha de que a tornaria poderosa. LI se tornou poderoso porque conseguiu convencer eleitores de não ser necessário acabar com o problema da fome, basta distribuir cestas e tornar o povo viciado na ajuda alheia .
"É óbvio que Hitler foi um indivíduo muito importante, mas o termo “grandeza” tem de fato implicações apologéticas, mesmo que se fale numa grandeza negativa. Ele põe de lado as outras pessoas, parece sugerir que elas fizeram o que fizeram porque era impossível resistir a ele."
Ao colocar de lado as 'outras pessoas', LI insiste há décadas em mostrar a pobres e negros que os ricos e brancos são responsáveis por seus problemas, para se isentar da responsabilidade, como se o verdadeiro culpaddo não fossem os governantes.
“Queria encontrar explicações racionais para as coisas aparentemente irracionais que as pessoas fizeram. Tentar olhar além do indivíduo, para pensar como o papel desse indivíduo foi possível, encontrar explicações sociais e políticas para o poder dessa pessoa que de muitas formas era uma mediocridade, apesar de seus talentos, certamente seu talento retórico demagógico.”
",,,houve muito entusiasmo com os sucessos, mas o apoio despencou assim que começaram os reveses. As políticas antissemitas, por sua vez, tiveram apoio crescente da população alemã. Havia cada vez mais apoio à ideia de expulsar os judeus da Alemanha, o que é diferente do apoio ao extermínio."
“Queria encontrar explicações racionais para as coisas aparentemente irracionais que as pessoas fizeram. Tentar olhar além do indivíduo, para pensar como o papel desse indivíduo foi possível, encontrar explicações sociais e políticas para o poder dessa pessoa que de muitas formas era uma mediocridade, apesar de seus talentos, certamente seu talento retórico demagógico.”
"(Hitler) ... exercia o poder de forma tão personalizada".
O mesmo faz LI que passa aos ignaros a idéia de que o governo não é governo. O governo é ele.
",,,houve muito entusiasmo com os sucessos, mas o apoio despencou assim que começaram os reveses. As políticas antissemitas, por sua vez, tiveram apoio crescente da população alemã. Havia cada vez mais apoio à ideia de expulsar os judeus da Alemanha, o que é diferente do apoio ao extermínio."
Mais uma vez mantendo as devideas proporções, há insistência (de maneira subliminar, mas nem tanto), em "expulsar" os brancos e os ricos, que, segundo LI e seus subalternos, seriam os verdadeiros inimigos do povo, como se estes também não fossem brasileiros.
Numa entrevista à Playby - julho de 1979 -
LI fala sobre a admiração que sente Hitler e Khomeini
""Há algumas figuras que eu admiro muito, sem contar o nosso Tiradentes e outros que fizeram muito pela independência do Brasil e pela melhoria das condições do povo (...). Por exemplo, o Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer (...). "O que eu admiro é a disposição, a força, a dedicação. É diferente de admirar as idéias dele, a ideologia dele (...). Khomeini, não conheço muito a coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do Xá foi um negócio sério".
Se os argumentos usados, para justificar sua admiração pelo que há de mais asqueroso forem verdadeiros, então, LI deve admirar Fernnadinho Beira Mar que continua "trabalhando" no tráfico de drogas, mesmo estando preso.
Para ler a reportagem na íntegra. clicar abaixo:
Ju,
ResponderExcluirdá pra começar uma série!!!!!
Amiga Jurema, se pretendes fazer comparações do Mulla com o Hitler, devo dizer-lhe que ele não chegou a tanto em nenhum quesito, mas se a comparação for com o pastor alemão, devo dizer que o daqui, é um vira-latas...
ResponderExcluirGente, perdão! As imagens deviam ter sido apenas salvas para completar depois com o texto, que está 'no forno'.
ResponderExcluirNão deixa de ser uma comparação - de um pastor alemão com um vira-latas (essa foi ótima!) com detalhes que mostram que os dois são igualmente perigosos.
Quem é perigoso? O cão ou o dono?
ResponderExcluirO Lula, na verdade é um embuste, mas ao longo da nossa história recente ele foi se formando como um Frankenstein, a verve de um, o ideário de outro, o gestual talvez do Fidel. Ele imaginou-se e foi imaginado de maneiras mil. Tudo foi um desastroso equívoco, na verdade o que tínhamos era um Macunaíma. O que me alivia a consciência é que nunca me iludi com esse mau caráter.
ResponderExcluirMarc, acho que perigoso é o dono. Se o cão bobear, o dono lhe dará uma dentada.
ResponderExcluirO que me deixa mais assustada é que ele não foi um equívoco, ele ainda é um equívoco. Mas temos os próximos quatro anos para fazer o nosso trabalho. Você tem a consciência limpa por nunca ter se iludido, mas não posso dizer o mesmo. Votei nessa aberração para o primeiro mandato (estou tentando limpar minha consciência).