... mas nada pior do que a CENSURA.
Transcrito, abaixo, o caso em que apreenderam a revista que narra o envolvimento de petistas no caso do assassinato de Celso Daniel, fato já conhecido por muitos de nós.
No caso vemos dois erros: um deles é a distribuição ''gratuita'' nas estações de Metrô e trens de São Paulo, empresas ligadas ao governo de São Paulo, sob gestão do PSDB . Portanto, criticar o PT, embora conte a mais pura verdade, não é o correto, pois revista ligada a governo jamais será verdadeiramente gratuita. O que vemos é um partido se valer do cargo ocupado 'por um dos seus' para atacar o partido de oposição. É o uso do dinheiro público para disputa partidária, por mais verdadeiras que sejam as notícias. ESTÁ ERRADO, seja o partido que for.
Outro erro é do PT ao cometer o crime que sempre cometeu: se aproveitar dos recursos partidários alcançados para censurar uma revista. Ao invés de recolher as revistas, O QUE NÃO É CORRETO, deveria entrar com uma ação 'contra a revista' e, principalmente, apresentar provas para desmenti-la.
ERRARAM OS DOIS LADOS, PORÉM,
NÃO EXISTE CRIME MAIS PERIGOSO DO QUE A CENSURA
Abaixo, artigo sobre o caso
Revista distribuída em estações do Metrô e da CPTM ataca o PT; edição é apreendida em Mauá (SP)
Capa do número 32 da revista "Free São Paulo", com a reportagem "PT: Muito Além da Morte". A revista é distribuída gratuitamente em estações de Metrô e da CPTM e tem editado reportagens atacando o PT.
Capa do número 32 da revista "Free São Paulo", com a reportagem "PT: Muito Além da Morte". A revista é distribuída gratuitamente em estações de Metrô e da CPTM e tem editado reportagens atacando o PT.
A revista semanal "Free São Paulo", de distribuição gratuita nas estações de Metrô e trens de São Paulo --empresas sob gestão do governo estadual paulista, governado pelo PSDB desde 1995-- traz na edição desta quinta-feira (31) reportagem sobre um suposto esquema de corrupção do PT que teria ligação com o assassinato de Celso Daniel, em 2002, quando ele era prefeito de Santo André (ABC).
A capa da publicação traz o símbolo do PT e a chamada "Muito além da morte".
A reportagem faz um apanhado do caso do assassinato de Daniel, em janeiro de 2002, e aponta o atual prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, como "o novo gerente do esquema" que "ainda funciona para garantir a permanência do Partido dos Trabalhadores no poder".
A reportagem traz também uma foto do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, com a legenda "Em SP, Haddad não faz frente aos planos de Marinho".
Revistas apreendidas
Exemplares da revista foram apreendidos no centro de Mauá (Grande São Paulo), cidade administrada pelo PT, de acordo com o publisher (mania horrorosa de usar termos de outro idioma que não é o nosso, ao invés de adaptá-lo) da revista, Luciano Maciel.
Segundo ele, foram recolhidos 535 exemplares da publicação e ainda a Kombi que transportava o material, por volta das 12h30 de quinta (31). A equipe, composta por um motorista e mais quatro distribuidores, já tinha espalhado o restante dos 10 mil exemplares. No ABC, a revista é distribuída na porta de estações de trem e em outros pontos de muito movimento.
Ainda de acordo com Maciel, a abordagem foi feita por um tenente da PM (Polícia Militar) que disse estar "cumprindo ordens" e na delegacia teria havido intervenção pessoal do secretário de Segurança Pública de Mauá, Carlos Wilson Tomaz, e da Guarda Municipal.
Maciel disse que a revista não é ligada a nenhum partido ou político. Imagine se fosse!
A Prefeitura de Mauá confirmou a apreensão e informou que a ação foi amparada em duas leis municipais (Leis municipais 2984/98 e 9484/02) que proíbem a distribuição de material gráfico em vias públicas sem a autorização da Prefeitura de Mauá. Se tal argumento fosse verdadeiro, essa revista não deveria ser distribuída desde sua primeira edição.
Os secretários de Segurança Pública e Assuntos Jurídicos estiveram na delegacia, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, "para conhecerem o teor da ocorrência".
Histórico de críticas
A revista "Free São Paulo" tem histórico de reportagens políticas em que confronta o PT e o PSDB.
A edição número 25, do dia 12 de abril, traz como matéria de capa "O ano das comparações" afirmando que "analistas políticos asseguram que o tucano (Fernando Henrique), com menos recursos que Lula, fez muito mais para o País".
O editorial menciona a disputa "polarizada" entre PT e PSDB à Prefeitura de São Paulo. (na útima quinta-feira, L.I. esteve num programa televisivo dirigido ao povo menos esclarecido para fazer campanha política antecipada por Haddad, o ministro Kit-gay que estava presente)
A edição número 14, do dia 12 de janeiro da revista, traz uma capa sobre o "descontentamento por parte das instituições de ensino superior em relação à gestão do ministro Fernando Haddad" e pergunta, em editorial, “Como um desconhecido de maior parte dos paulistanos, sem nunca antes ter disputado uma eleição, pode conseguir desbancar nomes favoritos, de partidos como PSD, PSDB ou DEM, no comendo do Executivo paulistano?” Perguntem às urnas eletrônicas!
Nota divulgada pelo Diretório Estadual do PT em São Paulo chama a matéria de "festival de calúnias e difamações" e diz que está tomando providências legais contra a revista.
"O Partido dos Trabalhadores rechaça todas as tentativas de utilizar um episódio que ainda hoje nos entristece para atacar a nossa história e tentar tirar proveitos eleitorais", diz ainda a nota.
A assessoria de imprensa do pré-candidato Fernando Haddad disse que não vai comentar a edição da revista. Comportamento característico: sempre que algum político é acusado mas não tem provas que desmintam as acusações, faz uma carinha de triste e diz que não vai comentar. Mudem o disco e aprendam uns novos macetes.
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