Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


sábado, 20 de outubro de 2012

QUEM USOU QUEM ?


 Paulo Vidal ao microfone e a 'mosca morta' ao seu lado
 
 
 
 
Enviado por
Claudio Paschoal
 
 

 
 
Análise feita por Nelson Motta
 
 
 
 Se o Mensalão não tivesse existido ou descoberto,  ou se  se Roberto Jefferson não o denunciasse, muito provavelmente não seria Dilma, mas Zé Dirceu o ocupante do Palácio da Alvorada, de onde certamente nunca mais sairia.


Roberto Jefferson tem todos os motivos para exigir seu crédito e nossa eterna gratidão por seu feito heróico: "Eu salvei o Brasil do Zé Dirceu."


Em 2005, Dirceu dominava o governo e o PT, tinha Lula na mão, era o candidato natural à sua sucessão. E passaria como um trator sobre quem ousasse se opor à sua missão histórica. Sua companheira de armas Dilma Rousseff poderia ser, no máximo, sua Chefe da Casa Civil, ou presidente da Petrobras.


Com uma campanha milionária comandada por João Santana, bancada por montanhas de recursos não contabilizados arrecadados pelo nosso Delúbio, e Lula com 85% de popularidade animando os palanques, massacraria Serra no primeiro turno e subiria a rampa do Planalto nos braços do povo, com o grito de guerra ecoando na Esplanada: "Dirceu guerreiro/ do povo brasileiro." Ufa!  (bem que o brasileiro mereceria uma coisa como essa... e sem direito de reclamar!)
 

A Jefferson também devemos a criação do termo "mensalão". Ele sabia que os pagamentos não eram mensais, mas a periodicidade era irrelevante. O importante era o dinheirão. Foi o seu instinto marqueteiro que o levou a cunhar o histórico apelido que popularizou a Ação Penal 470 e gerou a aviltante condição de "mensaleiro", que perseguirá para sempre até os eventuais absolvidos. O que poderia expressar melhor a ideia de uma conspiração para controlar o Estado com uma base parlamentar comprada com dinheiro público e sujo? Nem Nizan Guanaes, Duda Mendonça e Washington Olivetto juntos criariam uma marca mais forte e eficiente. Mas antes de qualquer motivação política, a explosão do maior escândalo do Brasil moderno é fruto de um confronto pessoal, movido pelos instintos mais primitivos, entre Jefferson e Dirceu.

Como Nina e Carminha da política, é a história de uma vingança suicida, uma metáfora da luta do mal contra o mal, num choque de titãs em que se confundem o épico e o patético, o trágico e o cômico, a coragem e a vilania. Feitos um para o outro. (pelo jeito, a novela capaz de parar cidades, virou, mesmo, um tremendo modismo)

O "chefe" sempre foi José Dirceu. Combativo, inteligente, universitário - não sei se completou o curso - fala vários idiomas, treinado em Cuba e na Antiga União Soviética, entre outras coisas. E com uma fé cega em implantar a Ditadura do Proletariado a "La Cuba".


Para isso usou e abusou de várias pessoas e, a mais importante - pelos resultados alcançados - era Lula. Ignorante, iletrado, desonesto, sem ideais, mas um grande manipulador de pessoas, era o joguete ideal para o inspirado José Dirceu.  (nesse caso vemos a manipulação em mão dupla, quando tanto dirceus quanto lulas acreditavam estar manipulando, quando também estavam sendo manipulados - o caso em que L.I. se aproveitou de Paulo Vidal é bem expressivo *)

 

Lula não tinha caráter nem ética, e até contava, entre risos, que sua família só comia carne quando seu irmão "roubava" mortadela no mercado onde trabalhava. Ou seja, o padrão ético era frágil. E ele, o Dirceu, fizera tudo direitinho, estava na hora de colher os frutos e implantar seu sonho no país. Aí surgiu Roberto Jefferson... e deu no que deu.
 
 
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* Uso em mão dupla - J.Dirceu pretendia se aproveitar de L.I. ou L.I. se aproveitou de J.Dirceu?  - 
Paulo Vidal  foi o responsável pelo ingresso de L.I. no Sindicato dos Metalúrgicos. Para ele, L.I. seria simplesmente uma mosca morta para ser usada.  Mas assim que L.I. deu um passo à frente, a primeira coisa que fez foi 'dar um tabefe em Paulo Vidal'. L.I. traiu Paulo Vidal e cresceu. Só então o também oportunista, porém menos esperto, Paulo Vidal viu quem era L.I.
 
 
 


 

2 comentários:

  1. TANTO SERRA COMO HADDAD((NA VERDADE LULA))SÃO O QUE DE PIOR JÁ APARECEU EM SÃO PAULO-NA PRIMEIRA ELEIÇÃO DE LULA ANULEI MEU VOTO

    QUALQUER UM DOS DOIS VENCENDO SÃO PAULO VAI SIFU-APESAR DE ABOMINAR O SERRA TORÇO PELA SUA VITÓRIA,PORQUE O BRASIL PODERÁ FICAR LIVRE DO TAMBÉM ABOMINÁVEL LULA-AINDA BEM QUE NÃO SOU PAULISTA.

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  2. Por pior que seja, não existe nada pior que L.I. e o perigo que representa fortalecer o seu partido. Quanto a Paulo Vidal, poderíamos dizer que foi um INDECENTE INÚTIL.

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