Fichas-sujas comandam prefeituras nos bastidores - LUIZA BANDEIRA/BHZ; DANIEL CARVALHO/SP, NELSON BARROS NETO/BA
Políticos fichas-sujas, que na reta final das eleições do ano passado abandonaram a disputa para eleger familiares como prefeitos, estão agora atuando nas administrações dos parentes.
Em alguns municípios, a oposição diz que os atuais prefeitos são laranjas e que quem comanda a prefeitura, de fato, são seus padrinhos, que abriram mão da candidatura para não serem barrados pela Lei da Ficha Limpa.
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Vale a pena ver, com mais essa bandidagem política, a situação em que está cada uma das cidades citadas no artigo.
Como estarão as que não foram citadas?
Quem está do lado do Brasil?
ResponderExcluirPor Pedro Luiz Rodrigues
O Presidente do PT, deputado estadual (SP) Rui Falcão, no melhor estilo Guillermo Moreno, acha que é muito importante para o futuro da agremiação que comanda saber, quem no meio empresarial, “está do nosso lado, quem não está”. Foi isso o que disse e está claramente aspeado, ao jornal Valor, em matéria muito precisa de Cristian Klein.
Para quem não se lembra, Guillermo Moreno é o Secretário de Comércio Interior da Argentina, muito utilizado pela Presidente Cristina Kirchner como uma espécie de máquina de demolição contra tudo e contra todos que ousem não se enfileirar “do nosso lado”.
Foi ele, por exemplo, que levou à destituição da direção e de boa parte do corpo técnico do Indec (equivalente ao nosso IBGE) pelo simples fato de não concordar com os índices de inflação apurados pela instituição. O resultado está aí. A Argentina no caminho de ser excluída do FMI por falseamento de dados.
O mesmo Moreno é o responsável pela aplicação de um velho e reconhecidamente ineficaz remédio anti-inflacionário: o congelamento de preços. Além do mais, ele que é o sabichão e pode tudo, proibiu os supermercados de anunciarem seus preços nos jornais ou na televisão.
Para um partido, como o PT, que detém boa parte do poder em nosso país, a declaração de Rui Falcão, meu ex-colega de Jornal da Tarde – e ex-diretor de redação da revista de negócios Exame – tem o claro sabor de uma ameaça.
Uma ameaça inócua, a bem dizer, que não pode ser levada a sério num país onde a democracia e as leis ainda têm valor. Essa coisa de se não estiver ao meu lado, está contra mim, além de refletir impulso politicamente primitivo, é simplesmente inaceitável.
A pergunta que decorre de tal declaração é: o que vai o PT fazer com quem não estiver de seu lado? Cortar os empréstimos do BB, os financiamentos da Caixa? Suspendê-lo da lista dos que podem tomar recursos do BNDES?
O Banco Rural esteve muitíssimo do lado do PT. Mas que pode qualquer um fazer, mesmo que se ache poderosíssimo, por seus grandes amigos, num país onde felizmente vige a democracia e o direito?
Pois bem, em 2005, o Banco Rural ocupava a 18º posição entre os maiores bancos privados em ativos, de acordo com dados do Banco Central. Hoje, procurei na lista da Exame dos 50 maiores bancos brasileiros e não encontrei o seu nome.
Qual a razão desse declínio? Misturar negócios com política, achar que se deve fazer tudo para agradar quem estiver de plantão no poder. A instituição ficou famosíssima por ter ajudado membros do então comando do PT no esquema do mensalão. E daí, será que o próprio PT mantém hoje suas contas nesse banco?
As empresas visam o lucro e geram empregos. Pagam salários e impostos que é o que mais deveria interessar a administração pública.
Produzirão mais, gerando mais empregos e pagando mais tributos se puderem contar com boa infraestrutural, fornecimento de energia adequado, segurança jurídica e uma boa política macroeconômica.
São desnecessárias baboseiras ou ameaças.
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