Criticar ao invés de chorar (lágrimas de crocodilo) pode ser ou parecer frieza. Mas sempre que ocorre uma tragédia como a que atacou a região serrana, todos se emocionam e as vítimas, que se consideram injustiçadas, logo depois, continuam fazendo o que sempre fizeram e ajudou tal desgraça.
O homem é o maior destruidor do planeta - basta ver o estrago que fizeram na Fllorestra Amazônica. É um 'predador' inconsequente e ignorante que não se preocupa em derrubar a floresta serrana e tudo que estiver no seu caminho. Sai construindo suas lindas casas, raspando quilômetros à sua volta, como se a plantação é que estivesse roubando 'O SEU' terreno.
No caminho do Rio para Friburgo vemos casas imponentes lá no alto, sem nada em volta. Desconhecem a beleza das árvores que foram cortadas. Afinal, elas - as atrevidas árvores - não poderiam impedir que sua propriedade fosse admirada.
Será que não existe um único arquiteto que antes de construir mais um casarão diga a seu digníssimo cliente: 'ilustríssimo' senhor, a mata NÃO É SUA. Futuramente ela poderá lhe cobrar o que é dela. Procure outro lugar e farei sua casa. Este seria o papel de um profissional responsável.
São invadidos terrenos à beira dos rios, como se não houvesse o risco de suas águas subirem um dia. Choramingam revoltados com o 'descaso'. E, enquanto eles arrancam os cabelos, esbravejam e exigem providências, o repórter vai fotografando a tonelada de lixo amontoado em volta com a tempestade. As pobres vítimas não enxergam o lixo.
Não há falta de instrução que justifique a construção de casas à beira dos rios ou a imundície que jogam em qualquer lugar. Nem dinheiro que explique a construção de casarões no meio da floresta que vem sendo invadida despreocupadamente. Porém nessas A ajuda governamental tem o mesmo efeito que um band-aid. Protege o machucadinho na hora mas não cura nada. Após o choque pelo desastre, em seguida veremos mais contrução em áreas de risco . Uns, na beira dos rios; outros nas encostas ... até o próximo temporal. Mas ainda bem que mudamos de presidente, do contrário veríamos a vaidade se alimentando da tragédia alheia.
Temporal destrói hotel e teleférico de Nova Friburgo (RJ) -
Nota: Ouve diversas destruições pela tempestade nos últimos meses. Mas nenhuma delas me abalou tanto quanto esta, que prejudicou amigos e conhecidos. As coisas só nos afetam quando estão próximas, do contrário apenas lamentamos.
"Deus fez o homem à sua imagem e semelhança"
Li ha pouco o relato de uma mae no IML fazendo reconhecimento dos filhos como doeu ler aquilo " EU com lama pela citura ainda ou vi ele gritar Mãe onde vc está?"
ResponderExcluirNão da e muita tragedia para um povo tão sofrido e tão humano porque somos humanso e solidarios, nos brasieliros somos diferentes. Sua dor é minha dor
Incógnitus, já chorei muito ontem e hoje por causa da Melita que trabalha na casa de Friburgo. Ela e o marido estão construindo uma casa há anos, com um tremendo sacrifício e a casa desapareceu com a enxurrada. E, pior, não sabem ate agora como estão suas duas filhas. Estão sem luz e sem agua! E a Melita e uma pessoa extremamente consciente.
ResponderExcluirE é ai que me revolta: ver uma pessoa como ela pagar pelos erros insistentes dos outros.
Pode reparar que isso vem num crescendo. Há um tempo atrás, havia chuvas muito fortes e alagamento no verão. Mas há um tempo essas tempestades vêm se tornando cada vez mais destrutivas em qualqauer parte do ano.
O homem não percebe o que ele está fazendo. Só percebe quando perde a casa ou o filho. Mas aí já é tarde e ele volta a fazer o que fazia antes.
Um abração, Ju
Primeiro, o "poder público" tem culpa total nessas desgraças pois não exige o cumprimento das posturas legais ou então elas não existem; afinal, o que são algumas vidas se comparadas com os votos com que esses fdp ganham em troca de um pedaço de encosta.
ResponderExcluirTenho um tio que mora em Petrópolis há 30 anos, numa encosta e no meio da mata; só retirou o necessário para construir a casa e tomou todas as providencias para que a drenagem fosse eficiente; nunca se preocupou em exibir a casa e quem passa pela estrada abaixo não a vê.
Em volta despenca tudo.
Marc, ainda há pouco, estava ouvindo o comentário de uma arquiteta sobre o que você está falando. Mesmo com regras a serem cumpridas, os brasileiros já se acostumaram a burlar leis e normas, mesmo colocando sua vida em risco (só acreditam na tragédia, quando acontece). Sem contar com aqueles 'fiscais' que trocam as irregularidades descobertas por uma cervejinha.
ResponderExcluirIsso lembra muito aquela piada antiga, em que perguntam a deus porque teria feito países com terremoto e vulcão... e o Brasil sem nada disso. Ele, então, responde "mas você vai ver o povo que vou colocar lá".
Embora esse problema não seja apenas brasileiro, porque o aquecimento global (nem aguento mais ouvir ou ler esse termo) parece exagero para muita gente.
Um abração, Ju
As filhas da Melita estão bem .
ResponderExcluirDe certa forma, foi bom ela demorar a saber das filhas. Quando soube que estavam bem, o alivio ajudou a diminuir o desespero pela perda da casa. (o meu também)
O GOVERNO JA OBTEVE O VOTO DESSES COITADOS, AGORA DANE-SE. EM ÉPOCAS DE CAMPANHA É TUDO LIBERADO ATÉ CONSTRUÇÕES EM AREAS DE RISCO, PROMETEM VERBAS, MAS NÃO CHEGAM, APENAS TIRAM PROVEITO POLÍTICO DAS GRANDES CALAMIDADES E O POVO QUE SE FERRE.
ResponderExcluirE essa gente não aprende, Anônimo! Ou finge que
ResponderExcluiresquece, na hora de ganhar um tijolinho. São coniventes - é a desiformação, a acomodação, o excesso de tolerância.
Ninguém pode alegar que se trata de carência financeira e consequente na educação, na cultura. Basta perguntar a muitos carentes qual foi o último modelo de celular lançado. Sabem responder direitinho.
Um abração, Ju