Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


sábado, 1 de junho de 2013

‘Lulêu e Rosiêta’, um cordel de Fred Crux

 
 

31/05/2013 - Augusto Nunes

‘Lulêu e Rosiêta’, um cordel de Fred Crux

 
 
 
FRED CRUX - LULÊU E ROSIÊTA  -  (um romance à brasileira)

No Reino do Bananal,
um país meio aloprado,
surgiu um dia um casal
que já estava fadado
a fazer parte da história
se bem que sem muita glória.
Corrijam se estou errado.
 
 Eu vou contar a vocês
como tudo começou:
ele era o antiburguês
e assim que iniciou
carreira sindicalista
se tornou mero fascista
com tendência a ditador.
 
Falava em qualquer comício
como um sujeito decente
e sem muito sacrifício
enganava toda a gente.
Sua cultura raquítica,
como convém na política,
começava a ganhar frente.
 
Fundou partido operário,
bem vermelho e revoltado,
que lutava por salário
do tal proletariado
mas que no fundo almejava
o poder, que só teimava
em ir para o outro lado.
 
Convenceu a classe média
que ele era a salvação
e seria uma tragédia
se perdesse a eleição.
Candidato derrotado,
repetia este seu fado
sem perder a direção.
 
Até que um dia se elege
e aí começa o drama
pois logo tornou-se hereje,
deitou na fama e na cama,
meteu os pés pelos pés,
distribuiu capilés
e espojou-se na lama
 
E logo entornou a pipa,
reformou toda a “fachada”,
arrumou-se com uma “tipa”
que de “besta” não tem nada.
Uma tal de Rosemary
que morde, agrada e não fere
feito bichinha assanhada.

Essa dona, com prazer,
conquistou o manda-chuva,
infiltrou-se no poder,
de tamarindo fez uva,
passou a mandar em tudo.
Conquistado o casacudo
lhe dava tapa de luva.

 Viajou muito à vontade
por dezenas de países
no lugar da titular
e foi criando raízes.
Na cabine do avião,
ela jogava um bolão,
não deixava cicatrizes
 
E o presidente abobado
fazia todo o seu gosto.
Entregou-lhe o seu reinado,
mostrou-se muito disposto
a fazer qualquer benesse.
O que dona Rose quisesse,
cumpriria sem desgosto.
 
O Cara foi se enredando
com Rosemary, afinal
que um belo dia acordando
leu de pronto no jornal
A tramóia descoberta
a intimidade aberta
foi tombo descomunal
 
O choque foi tão agudo
que o papagaio falante
se tornou bicho trombudo
e naquele mesmo instante
teve horror a microfone,
desligou o telefone
e na hora ficou mudo
 
Hoje faz mais de seis meses
que Lula, rei da mentira,
escondeu-se dos fregueses,
camuflou a “pomba-gira”,
não quis mais um holofote,
apagou o seu archote
e multiplicou sua ira.
Rosemary, esse mistério
ninguém sabe se está viva
ou em algum ministério
fazendo uma tentativa
de esconder da polícia
toda aquela imundícia
que tramou quando era ativa.
 
O ex-presidente, então,
que já foi um poderoso,
fechou o seu matulão.
Boca-de-siri manhoso,
não fala nada de nada
camuflando a sua “fada”,
se escondendo do seu povo

Então, seu ex-presidente,
escolha agora o caminho.
Assuma o caso pendente
e abrace o seu espinho
porque já cheirou a Rosa,
que um dia foi formosa
e ainda quer seu carinho.

 E que os dois, abraçados,
paguem pelo desmantelo
junto com os  apaniguados.
Que desenrolem o novelo
de toda essa trambicagem.
É esta a minha mensagem
do nosso povo é o apelo !
 
 

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