Dilma e previsões matemáticas

Bruce Bueno de Mesquita:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI108838-17860,00-BRUCE+BUENO+DE+MESQUITA+COPENHAGUE+SERA+UM+FRACASSO.html  

Bueno de Mesquita (Califórnia) parece adivinho, mas não usa bola de cristal, não lê tarô ou algo assim. Para ele, o futuro “é uma ciência”. Bueno é cientista político na Universidade Nova York e membro do Instituto Hoover, um centro de pesquisa da Universidade Stanford, na Califórnia.

Previu, por exemplo, que a Conferência de Copenhague seria um fracasso - “Não sou nenhum climatologista, mas fiz meus cálculos e posso dizer: Copenhague será um fracasso.” Bueno fala sobre acordos climáticos com base em evidências. Mas vale a pena ler, embora não apresente nenhuma novidade neste caso. Segundo ele, “Não haverá acordo pelo menos até 2130, o limite das previsões do meu programa de computador.”

Bueno não é um charlatão. Suas previsões se baseiam em um programa de computador criado por ele em 1979, com origem na Teoria dos Jogos – o ramo da matemática que procura prever de que forma as escolhas das pessoas, empresas e dos governos podem afetar o futuro. (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI104612-15223,00.html )

Bueno, um jovem cientista político que se interessava por programas de computador e pelas aplicações da Teoria dos Jogos, criou seu primeiro programa há 30 anos. Com base neste programa começou a fazer previsões e ‘acertar na mosca’, como diz a reportagem da revista. De acordo com relatório da CIA em 1993 e a agência de informações do governo americano, “as previsões de Bueno são iguais às dos analistas, porém mais precisas”.

O artigo da revista diz ainda  que “Bueno de Mesquita é o melhor do mundo no que faz. Em 30 anos de carreira e centenas de previsões, seu índice de acerto jamais ficou abaixo dos 90%. Na comunidade de informações, ele é visto como um oráculo. Seus principais clientes são o governo americano, as grandes corporações e a CIA.”

Em 2008, por exemplo, junto com seus alunos da Universidade Nova York, ele tentou prever se o Irã se tornará uma potência nuclear. Se quiser saber o que foi previsto, é só clicar no endereço acima.

Bueno nunca esteve ao Brasil, mas já estudou o país.  Pediram a ele, por exemplo, para saber se os militares entregariam o poder aos civis.

O repórter da revista Época pergunta a ele se já lhe encomendaram previsão sobre as eleições presidenciais de 2010. Bueno diz que não, mas havia estudado o assunto por conta própria .

Dentre outros comentários, diz ele: “É estranho. Dilma escolhe repetidamente as opções políticas que pior impacto podem ter sobre sua campanha.” O que quer dizer isso? Como são as previsões do programa sobre sua campanha presidencial? “As perspectivas não são nada boas.” E assim... termina o artigo.

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(o artigo de Merval de hoje fala sobre a relação entre L.I. e todos os outros políticos)