O próximo governo já se preocupa em criar metas para limitar gastos e dar tranquilidade aos "agentes econômicos". Nada mais natural, ainda mais depois de tudo o que foi gasto do dinheiro da União em sua campanha eleitoral.
Diz a reportagem de Flávia Barbosa e Martha Beck:
"Há várias formas de estas metas serem implementadas. Uma seria definir quanto será gasto relativamente ao PIB. Por exemplo, quanto do Orçamento poderia ser gasto, no máximo, com o programa Minha Casa, Minha Vida e transformar este valor em um percentual do PIB." Qual terá sido o percentual do PIB gasto neste ano eleitoral no programa Minha Casa, Minha Vida? E qual será o percentual a ser gasto para o próximo ano?
Em outra reportagem, "a equipe próxima a Dilma Rousseff considera importante o governo comprovar que seus gastos são de boa qualidade e têm retorno". Sua equipe comenta, inclusive, sobre os gastos com servidores, que podem melhorar a gestão da máquina pública. Pois aí está uma boa forma de tanto diminuir os gastos quanto melhorar a gestão: retirar os milhares de sindicalistas que ganharam cargos públicos de presente, no governo LI, sem precisar fazer concurso.
Outro comentário na reportagem: "Tem que existir uma meta fiscal global, mas também metas para gastos e investimentos. Se for preciso, até se abate da meta tudo o que se tem que abater e explica-se (à sociedade). Mas o importante é deixar muito claro os objetivos do governo disse um integrante da equipe de transição." (será que esses objetivos não deveriam ter sido deixados bem claros durante a campanha?) "Porém, deverá ser executada de maneira diferente. Hoje, os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) podem ser abatidos da meta de superávit, tornando-a menor, na prática. O instrumento foi usado em 2009 e espera-se o mesmo este ano. A ideia para 2011 é não lançar mão do mecanismo, ou fazê-lo de forma residual.
"Esta meta fiscal global poderia ser a que já está fixada, de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, deverá ser executada de maneira diferente. Hoje, os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) podem ser abatidos da meta de superávit, tornando-a menor, na prática. O instrumento foi usado em 2009 e espera-se o mesmo este ano. A ideia para 2011 é não lançar mão do mecanismo, ou fazê-lo de forma residual.
Só depois vamos saber, exatamente,
o que significa todo esse economês político.
Mas provavelmente não será vantajoso para os eleitores
Esse é o X da questão.
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