Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Defesa ou acusação?


Na entrevista postada na página anterior, em que o jornalista fala de seu livro sobre o verdadeiro L.I., recentemente lançado (O QUE SEI DE LULA), o jornal O Globo nos deixa algumas dúvidas, não sobre a entrevista, mas a forma aparentemente distorcida de apresentar a entrevista.
 

“... o jornalista e escritor José Nêumanne Pinto defende em seu livro lançado na semana passada, "O que sei de Lula", a desmistificação do petista como um revolucionário e representante da esquerda brasileira.”
 

                                                                                         

Motivo de dúvidas:
o antônimo de defender é culpar, atacar, acusar.

De acordo com seus antônimos, a palavra "defende" não seria a mais adequada no caso, tanto que, logo de início, passa a ideia de ser um livro favorável à verdadeira figura de L.I., o que não é verdade.

Tanto quanto outros meios de comunicação, o jornal sabe que a maioria dos seus leitores, por falta de paciência ou de tempo, se limita a ler títulos e subtítulos, achando ser o suficiente para ficarem informados.  Portanto, nos cabe a pergunta: a palavra defende foi usada erradamente ou intencionalmente?

Outra dúvida: o que para eles (entrevistadora, revisores, ...) significa “defender” a desmistificação de L.I. como um revolucionário e representante da esquerda brasileira, principalmente em relação à atual presidente?   De acordo com a apresentação feita pelo jornal, temos papéis e situações antagônicas:  ser revolucionário ou não; ser de esquerda ou não; defender ou acusar.
Poderão alegar que se trata de sair em defesa da verdade, o que é discutível.   Ou será que ser um revolucionário de esquerda deixou de ser motivo para júbilo, como o próprio O Globo procurou convencer os leitores mentalmente encaminhados pela mídia?   Ao classificar nossa atual presidente Dilma de revolucionária de esquerda a estariam acusando?  Significa, então, que L.I. empurrou guela abaixo dos eleitores bobocas uma figura que representava exatamente o seu oposto?   Após usar sua pupila, L.I. fará o mesmo que fez com José Dirceu?
  

Aí está o poder de enganação de uma palavra.  
Ainda bem que nem todos se limitam a ler títulos e subtítulos.


Outros livros :
O Chefe
Viagens com o Presidente
Já vi Esse Filme
Lula, Luís Inácio - Entrevistas e discursos

2 comentários:

  1. Uma "simples frase mal escrita" altera radicalmente todo o contexto do autor do livro. Que vergonha...

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  2. Ajuaricaba, posso apostar que foi uma maldade intencional. Poderia ocorrer, o que é difícil pelo forte significado, na hora de a entrevista ser escrita. Mas os artigos passam por diversos olhos. Só não percebe quem não quer.

    Um abração, Ju

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