Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ódio pelas manifestações - Reinaldo de Azevedo


Urubus nos palanques


 
Artigo 1 - Ódio dos Pistas - 13/10/2011


Afinal, por que os petistas têm tanto ódio das pessoas que marcham contra a corrupção? Ou: O PT vomita porque está com medo, como o urubu!

 
 O PT apóia, sim, manifestações de rua. Em Nova York!  O PT apóia, sim, o povo na praça. No Egito!  O PT apóia, sim, atos contra a corrupção. Na Bulgária! Ooops! Na Bulgária, não, companheiro!

Chega a ser fascinante o que está em curso. As várias marchas contra a corrupção país afora têm uma característica comum: o baixo grau de partidarização. Não se vêem as bandeiras de sempre nem se ouve aquela rima-chichê em “ido”:  “O povo unido/ jamais será vencido”.  Isso se tornou marca registrada de quem tinha um projeto de poder, que está em plena vigência.  O petismo queria, em suma, isso que vemos hoje:  corrupção, impunidade, maracatuaia, mas com o partido no comando. Os males antes a serem vencidos se tornaram instrumentos da luta política. “Se a gente não os emprega, os nossos adversários farão uso deles primeiro”, explicam. Essa é a justificativa (i)moral de todo canalha.

 
Mas retomo o fio: os que marcham nem sequer recorrem a palavras de ordem contra o PT. Ao contrário até: não deixa de haver certo apelo governista nos protestos quando se exibem as vassouras, numa alusão à faxina que a presidente Dilma Rousseff começou a fazer no governo. Depois ela descobriu que era mais confortável esconder a sujeita debaixo do tapete. Ou seja: a população apoiou a sua iniciativa. Ela é que decidiu não mais levá-la, e se levar, a sério.

 
Se o PT nem mesmo é um dos alvos dos protestos, por que, afinal de contas, os petistas e petralhas odeiam tanto as manifestações e os manifestantes e dirigem, nas redes sociais, palavras violentas, de baixo calão até, contra aqueles que se mobilizam? Não há outra resposta possível: diante de uma marcha contra a corrupção, eles se sentem discriminados, pessoalmente atingidos, ameaçados. Ou por outra: eles se tornaram beneficiários da corrupção, da malversação do dinheiro público, da roubalheira. Não me espanto que tenham chegado a tal ponto. Revelam a sua natureza. Agem à moda dos urubus.

Até um ator do terceiro ou quarto escalão da TV Globo, que vive de braços dados com notórios detratores da emissora, um desclassificado que deve estar lá por conta de alguma cota (partidária talvez), um mamador asqueroso de dinheiro público, até esse vagabundo petralha decidiu atacar as marchas contra a corrupção. E, de quebra, me xingou também porque, como é público e notório, apóio os protestos. Urubus quando se sentem ameaçados vomitam e começam a soprar nervosamente. É o caso desse asqueroso: sempre fazendo o trabalho de sopro. Um ladrão que vive de joelhos!

 Ao se voltar contra os protestos, especialmente nas redes sociais - já que não têm nem coragem moral nem física para dar pinta da praça e combater gente decente cara a cara -, esses vadios revelam qual era o seu anseio, o seu horizonte utópico, o seu ideal. Lembram-se da expressão “um outro mundo possível”? Para eles, já chegou; é esse que está aí. Eles eram contra homens que roubavam homens porque achavam que o certo seria fazer o contrário…

Muita gente apostou que as convocações de ontem não dariam em nada. Em Brasília, havia pelo menos 20 mil pessoas na praça, que se mobilizaram para aquele fim  (não houve público-carona de qualquer outro evento). Em São Paulo, Rio e Goiânia, mas de 2 mil manifestantes foram as ruas; centenas mandaram seu recado em muitas outras cidades. Como já escrevi em outro texto, ignorem aqueles que tentam caracterizar os protestos como manifestações de uma rebeldia sem causa, sem alvo, sem organização. Esses não são defeitos, mas qualidades.

Em décadas, essa é a primeira vez que UMA PARTE DO POVO DE VERDADE está saindo às ruas. Chamo de “povo de verdade” o indivíduo, o homem-célula, o cidadão-em-si-mesmo, o homem-sem-partido, o homem-sem-sindicato, o homem-sem-movimento-social, o homem-sem-ONG, o homem-sem-chefe-político, o homem-sem-cabresto-ideológico, o homem-sem-projeto-de-poder, o homem-sem-um-apedeuta-pra-chamar-de-seu. As diretas-já e o impeachment de Collor foram importantes, sim, para o Brasil, mas tinham uma marca ideológica muito clara e obedeciam a comandos partidários.


É por isso que os petistas e seus porta-vozes ou amiguinhos na imprensa fazem pouco dos protestos. Na verdade, eles os temem. Essas pessoas que se manifestam refletem a boa consciência conservadora dos brasileiros. E não me refiro necessariamente àquele conservadorismo ideológico; falo de um outro, de que o ideológico até pode ser uma expressão política: a maioria das pessoas é decente, direita e luta para ganhar a vida honestamente.

E isso, sem dúvida, embrulha o estômago dos urubus. Os petistas e petralhas hostilizam as marchas contra a corrupção porque não suportam a idéia de que o povo possa fazer algo por si mesmo sem precisar pagar o caríssimo pedágio cobrado pelo PT - inclusive o pedágio institucional.

E não se enganem. Os 30 mil nas ruas são muitos milhões operando em suas respectivas casas, em seu trabalho, nas escolas, na rede.

O PT vomita nos manifestantes porque está com medo. Como o urubu.
***
Artigo 2
Parlamentares também detestam as as marchas contra a corrupção!
 - outro artigo de Reinaldo Azevedo
 13/10/2011


O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), a celebridade que virou deputado, a Natalie Lamour da Câmara, resolveu, também ele, atacar as marchas contra a corrupção. O rapaz tuitou o seguinte:   “Esses ‘cansados da corrupção’ mostram que, na verdade, só ’sabem’ da corrupção aquilo que a velha mídia noticia e pauta.”


É de uma vigarice intelectual ímpar! Se ele acha que os motivos apontados pela “velha mídia” são parcos ou irrelevantes, por que, então, não denuncia os grandes ou verdadeiros motivos, em vez de se comportar como um sabotador? E o mais engraçado é que, em outros tuites, ele faz algumas “exigências” para participar da marcha… É o complexo de celebridade!


Não deixa de ser interessante ver um deputado do PSOL - o tal “Partido Socialismo e Liberdade” (podem rir!!!) - a atacar manifestações populares. Ele sabe muito bem por que se comporta assim. Os protestos são dirigidos também contra o Congresso, pelo menos contra a sua parte podre. Natalie se deu muito bem por lá. Encontrou seu espaço em comissões disso e daquilo e é respeitado como “celebridade que pensa”. E isso só quer dizer que está cercado de gente que pensa ainda menos do que ele próprio.


É de lascar que ataque “a velha mídia” um sujeito que ganhou uma bolada num reality show e que só foi eleito por conta de sua exposição desabrida num programa dessa natureza e por causa do voto proporcional. Eis uma boa razão para se ter o voto distrital no Brasil: gente assim seria mantida longe do Parlamento e poderia se dedicar a seu ofício: o setor, digamos, de “espetáculos”.


“Gente assim, como? Gay?”  Ora… O que Jean faz com os instrumentos que lhe facultou a natureza não é da minha conta. Ele que se divirta como gosta e pode. Eu me refiro à sua ignorância propositiva, à altivez com que costuma dizer bobagens clamorosas, à sua tolice. Eu já o critiquei aqui, e ele andou falando mal de mim em palestras por aí… Quem o chama para palestrar merece ouvir o que ele tem a dizer… À época, afirmaram que eu estava exagerando. Pois é. Tenho faro para certos tipos.


A Natalie Lamour que defende com unhas e dentes a tal da lei que criminaliza a homofobia (que é, na verdade, uma lei de censura), em nome da igualdade, trata com desdém pessoas decentes, que protestam contra a corrupção.


E só para arrematar: notícias da “velha mídia” derrubaram quatro ministros de estado e mais de 20 pessoas do Dnit.


Quando ataca a velha mídia, Jean Wyllys se alinha com a nova corrupção.


PS - Mandaram-me um vídeo em que um garotinho, fazendo as vezes de repórter mirim, pergunta a Jean Wyllys quanto é 7 vezes 9. Ele ri nervosamente e não consegue responder. Foi reprovado também na tabuada da democracia.


PS2 - Os tuítes do moço estão recheados daquela falsa sapiência pseudo-universitária para pegar os trouxas (”Nossa! Como ele é sabido!”). É, assim, um Gabriel Chalita mais, sei lá como definir, ousado talvez. Seu perfil resume: “Jornalista, professor e escritor baiano. Deputado federal eleito pelo PSOL-RJ”. Huuummm… Nada de Big Brother. Daquela experiência, ele só ficou com a grana, hehe… Mas é verdade: ele foi eleito pelo PSOL, não pelo povo. Teve apenas 13.018 votos. Está na Câmara por causa da votação do deputado Chico Alencar. Deveria tratar com mais respeito uma massa de pessoas que é superior ao dobro dos votos que ele teve.

 Por Reinaldo Azevedo

Um comentário:

  1. Entendo sua revolta, assim como você me encontro no mesmo estado de indignação, passei pelo processo de revolta onde acreditei que somente uma intervenção militar poderia derrubar os Estado Anti-ético levantado pelo PT, porém essa é uma medida muito fácil para não dizer niilista, uma medida desse nível teria um resultado rápido porém um custo muito alto. O verdadeiro desafio, e o que provaria a nós mesmos uma maturidade politica, seria com certeza a derrubada legal desses PTralhas.
    Temos um desafio, e temos a solução se agirmos com maturidade e dentro das conjunturas éticas venceremos, não devemos descer a níveis desesperados que demandem forças militares, essas forças não são controláveis e muito menos libertárias, mas sim mono-polares da vontade de um grupo de generais, senão um único, essa opção pode ser considerada como o botão de auto destruição do País, e o País é Brasil e ele ainda somos nós, como tal temos de tomá-lo de volta, de preferência usando os mesmos meios legais aos quais deixemos esses PTralhas o tomarem.
    Acredito que a única coisa que pode salvar o País hoje é a posição firme de oposição, apoio incondicional as investigações contra os corruptos, e no dilmês: corruptores, não sejamos como os PTralhas, fui a favor do Aécio nessa eleição, serei contra ele se ele estiver envolvido, taí, em termos de justiça não devemos fazer politica.
    No dia 15 de Novembro de 2014 estaremos nas ruas, pois elas são nossas, e essa devem ser as condições: Investigação e exposição dos Corruptos assim como das provas, punição aos criminosos, casacão de partidos envolvidos: fim das legendas envolvidas diretamente no roubo da Petrobrás como punição por destruir patrimonio público, não importa qual partido seja, não devemos estar emocionalmente envolvidos nem com políticos nem com partidos, roubou cadeia.
    Ninguém tem o direito de roubar, o PT se envolveu? Perde a sigla. Se tal punição viesse a ser executado, politica se faria da melhor forma, afinal o salário de qualquer político é mais que bom, não há necessidade nenhuma de roubar, tal fim de quaisquer legenda por corrupção, seria saudável pro país e para a democracia, roubou ta fora.

    ResponderExcluir

Opinião dos leitores