sexta-feira, 14 de outubro de 2011
No blog de Gilvan
Cavalcanti de Melo - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
- Nasceu em 5/12/1935, Limoeiro – Pernambuco. Na
metade da década de 1950 foi dirigente estudantil e posteriormente dirigente dos
servidores federais, até março de 1964. Colaborava com os jornais comunistas
pecebistas "Folha do Povo" (PE, “A Hora” (PE) e “Novos Rumos” (RIO). Estudou no
Instituto Superior de Ciências Sociais (Moscou). Após o golpe militar ficou
preso, em Recife, até julho de 1965 e demitido do serviço público (Ato
Institucional nº1). Transferiu-se para o Rio de Janeiro na clandestinidade, até
nova prisão em 1970/1972. Respondeu a vários processos na Justiça Militar
(UNE/UBES, IAPB, PCB, etc.) e condenado a revelia. Esteve exilado no Chile e em
Cuba. Foi anistiado com a promulgação da Lei de Anistia de 1979, na primeira
lista de anistiados, divulgada na imprensa. Em janeiro de 1992, com a criação do
PPS, faz parte, desde então, da sua direção nacional e do diretório estadual do
Rio de Janeiro. Participou, nos anos de 1980, da Cooperativa Brasileira de
Cinema e do Conselho Editorial da revista Presença. Atualmente, é membro do
Conselho Editorial da revista Política Democrática, da Fundação Astrojildo
Pereira.
- Politizar para avançar
- - Artigo de Roberto Freire, deputado do PPS/ex-PCdoB -
- Já há algum tempo que setores de classe média buscam mobilizar o conjunto da população contra a corrupção, desde o movimento do “cansei”, no segundo mandato do governo Lula, sem, no entanto, conseguir sensibilizar o grosso da população para essa bandeira, mesmo que saibamos que quem mais perde com os desvios de recursos são os setores mais pobres da população que enfrentam um déficit na melhoria da qualidade de vida, como se pode observar pela falta de saneamento, precária educação pública, falta de assistência médica adequada e segurança. Quem perde são os mais pobres, é verdade, mas justamente são eles os mais facilmente manipuláveis pelo políticos por falta de instrução e conhecimento.
Depois da conquista da Lei da Ficha Limpa,
fruto de um amplo e difuso movimento da classe média sustentado e alimentado
pelas redes sociais, aprovado pelo Congresso ( ? ) por meio de uma votação que
mobilizou a cidadania, setores sociais ampliaram e cristalizaram sua
reivindicações, no mesmo momento em que buscavam apoio para as mesmas. O deputado do PPS, que já foi do PCdoB usa pela segunda vez o termo classe média em seu artigo que, mesmo de maneira disfarçada, pode ser usado de forma um tanto discriminatória ou pejorativa quando repetido insistentemente, principalmente quando usado por simpatizantes a grupos de baixa renda, vistos sempre "como pobre coitados explorados pela ... classe média. Aliás, gostaria de saber se os deputados se consideram uma simples classe média ou já perceberam que se aproveitam de seus cargos para se tornarem uma classe privilegiada (apenas em termos monetários, é claro).
Claro que é auspicioso jovens se conectando e
participando das discussões dos problemas do país como vemos agora. Mas é
fundamental que se compreenda que nos sistemas democráticos, mais cedo ou mais
tarde, todas as questões que dizem respeito à cidadania terão que encontrar o
caminho institucional da representação política, intermediada pelos
partidos. Já deu para perceber que as atuais mobilizações tanto incomodam como atiçam os políticos, que andam loucos para pegar uma carona na insatisfação da, como disse o politico do PCdoB, classe média. Ora! Por serem facilmente manipuláveis, desde quando a classe pobre brasileira se mobiliza ?
Essa marcha contra a corrupção, que se dá em
seu sentido genérico, sem definir concretamente contra que instância ou órgão do
governo se realiza, a continuar como está, tem grande chance de não alcançar seu
objetivo se não for politizada. O movimento não é genérico, no sentido que deu o deputado do PCdoB, pois é genérico apenas em outro sentido: o que lhe foi dado à marcha por seus participantes: ABRANGE TODOS OS POLÍTICOS, TODAS AS INSTITUIÇÕES, TODOS OS ORGÃOS DO GOVERNO, TODA ESSA CORJA DE CORRUPTOS QUE NÃO FAZEM NADA MAIS DO QUE MAMAR NAS TETAS DE UMA MÃEZONA QUE NÃO É DELES. E tem tudo para dar certo, sim, do contrário não estaria incomodando tanto políticos, como vem acontecendo.
Movimentos apolíticos podem ter um certo
charme, sobretudo em sociedades, como a nossa, cujos parlamentos gozam de pouca
confiança de seus cidadãos. Mas, como aconteceu com o projeto da Ficha Limpa,
sua resolução necessariamente terá que passar pelo parlamento (Pois é... parlamentares jamais votarão contra seus interesses escusos), como passou a
imensa mobilização pelas diretas já para a eleição de presidente da República (as 'diretas já' servem como exemplo para mostrar o que acontece quando partidos políticos pegam carona na vontade popular e dela se aproveitam) .
Que mesmo derrotado pela maioria que ainda detinha a ditadura em seu estertor,
não impediu a vitória da oposição com a eleição de Tancredo-Sarney, que pôs fim
ao ciclo militar, imposto em 1964. (NÃO IMPEDIU, NÃO! Fez parte dos acertos e conchavos apropriados para o momento).
O fim da corrupção no país não será apenas
fruto de um movimento popular, por mais amplo e denso que seja, mas também
função de uma profunda mudança em nossa cultura política (ÓTIMO, ENTÃO VAMOS A UMA VERDADEiRA REFORMA POLÍTICA *), começando pelo fim da
impunidade aos que se apropriam do dinheiro público. Pelo fortalecimento dos
órgãos de fiscalização (Heim? Órgãos de fiscalização? Onde? Existe algum? Qual é ele?) abertos ao escrutínio da sociedade civil, e pela punição
exemplar - com perda de direitos políticos, no caso de pessoa física, e
impossibilidade de participação de concorrência pública em projetos
governamentais e financiamento de bancos estatais, no caso de pessoa
jurídica. (Blá-blá-blá político tipicamente oportunista)
A corrupção política está de tal modo
entranhada no corpo social - desde o mais humilde servidor público até o mais
destacado ministro das altas esferas - que para enfrentá-la precisamos unir
esforços dos atores políticos e da sociedade nas manifestações de rua, que
viabilizem a criação de comissões parlamentares de inquérito e a aprovação de
uma legislação eficaz. ÔOOOOOO !!! É mesmo, é? Pena que já estamos DE SACO CHEIO DE TANTAS COMISSÕES PARLAMENTARES (cruz credo!) que só aprovam a sacanagem. Esse deputado pensa que consegue falar asneira e convencer todos os brasilerios de que preto é azul.
Enquanto não entendermos o papel do parlamento
nessa luta, ficaremos presos ao ato, deixando de enfrentar o fato da maneira
correta.
Roberto Freire
deputado federal (SP) e
presidente do PPS
TOME TINO, DEPUTADO!
No dia em que for permitida a entrada de políticos nos movimentos, sugiro que todos compareçam com máscara respiratória e botas para se protegerem da lama.
( * ) ÚNICA REFORMA POLÍTICA DECENTE E ACEITÁVEL
Acho na minha achologia que os movimentos deveriam
ResponderExcluircomeçar gritar: ELIANA CALMON para Presidente em 2014. Tirar o que tem de velho na política e botar gente nova, afinal não temos vários CALMONS para comandar este país?
Lauro