Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A ele, um presente.



Por ter nos livrado de mais um ministro da maracutaia.

Ontem - até que enfim! - Carlos Lupi entregou o cargo, o que já deveria ter feito há muito tempo.  Um bem para todos, principalmente para ele que, além do acúmulo de denúncias, ainda fez o papelão de jurar que não sairia do ministério nem a bala, quando todos sabiam que sairia, sim, por mais que tentasse se agarrar na cadeira de ministro.

Para justificar sua saída, já tão esperada, lá vem ele com o mesmo tro-lo-ló usado por todos que perdem o cargo por causa de seus abusos indecorosos.

“Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia (1) que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas  ; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa (2) decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.

Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo (3/4)  não contagie outros setores do Governo.

Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados  (5), reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações.

Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence (6).” 


(1) Chamar denúncias de perseguição virou moda; bem que os safardanas políticos poderiam inventar uma outra desculpa, mesmo que igualmente esfarrapada;

(2) 'Sem me dar direito de defesa' - até nisso sua mentira foi acintosa, pois o que não faltou foi recurso para se defender, de maneira pouco satisfatória como disse o Conselho de Ética que julgou por sua saída.

(3) "ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo" é uma frase de efeito criada pelo lulismo  que já se tornou cansativa  (4)  ridículo alegar que entrega o cargo para evitar que o ódio 'pelo trabalhismo' contagie outros setores.  Se sua intenção fosse evitar qualquer tipo de contágio, teria sido mais rápido.
(5) quando fala sobre os milhões de empregos, gostaria de saber se estão incluídos os diversos sindicalistas que foram agraciados com emprego público, sem precisar fazer concurso algum, desde a época de L.I.


(6) 'Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence.'   Quem, depois de desmentir todas as evidências de sua bandidagem, ainda afirmou, diversas vezes, que não sairia do ministério e saiu,  provou  que  não se pode acreditar em suas palavras.  Portanto, no seu caso a verdade venceu e que ele  coma tantas balas até se tornar tão obeso quanto salafrário.




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