Como nascem os corruptos?
Artigo de GILBERTO AMENDOLA/ JORNAL DA TARDE
Um lava-rápido ao contrário. Ou seja, um “lava sujo”. O sujeito limpinho, honesto e cheio de virtudes entra em uma geringonça ultramoderna e, instantes depois, sai de lá sujo de lama, com dinheiro na cueca e envolvido em negociatas escusas. Será que é assim que nascem os corruptos? Não, né.
A doutora em psiquiatria forense pela USP Hilda Morana é a primeira a colaborar com a nossa pesquisa e, também, a primeira a jogar um balde de água fria nas nossas expectativas: “O corrupto nasce como todo mundo. É um defeito de fabricação, uma questão de caráter mesmo.”
Hilda compara o “caráter” com uma coluna vertebral. “O sujeito que nasceu com a coluna forte pode trabalhar no porto, carregando caixas pesadas. Já o sujeito que tem a coluna fraca, não pode trabalhar nesse ambiente. A coluna vai quebrar. Acontece o mesmo com o caráter”, explica. “Quem nasce com esse ‘defeito’ procura a política porque esse é um ambiente mais propício à corrupção.
A reportagem do JT tentou argumentar, mas a psiquiatra foi implacável: “Não é educação. Você nasce corrupto. Tem mau-caráter que é bem-educado; tem bom caráter que é mal-educado. Educação não molda caráter. Caráter é uma função. A corrupção está ligada à má-formação das áreas do cérebro responsáveis pela sensibilidade moral.”
O escritor Mario Barros Jr., autor do livro A Fantástica Corrupção No Brasil, não chega ao extremo de atrelar a corrupção a uma incorreção genética, mas vai buscar suas origens lá atrás, na bíblia. “Jesus Cristo foi vendido por 30 moedas de prata. Isso é corrupção”, diz. "A própria história do Brasil, desde a chegada dos portugueses, é ponteada pela corrupção. É uma coisa que está impregnada em nossa alma”.
Despachantes
Uma das organizadoras do movimento Faxina Brasil, a advogada Edna Lagnado, traz a discussão para um plano mais palpável. “O corrupto nasce quando o indivíduo entra na política, mas se comporta como um despachante, como alguém que está lá para vender facilidades”, diz.
“Além disso, muitos já entram em um ambiente contaminado. Se o cidadão não entra no esquema, não participa de negociatas, ele é frito por seus pares”, completa Lagnado.
Já para o cientista político Humberto Dantas, o problema está na cultura política do brasileiro. “Para muitos, o que é público não é de ninguém”, afirma.
Uma pesquisa de 2008, encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, mostra que 80% dos brasileiros acreditam ser uma obrigação dos políticos a prestação de certos favores à comunidade, como “arrumar um emprego” ou “pagar uma conta”. (visão distorcida ou emburrecida?)
Para Dantas, essa confusão entre “direito” e “gentileza” está no nascedouro do corrupto. “Quando o político aproveita para exercer seu poder com pequenos favores, isso termina em corrupção.”
Ele ainda aponta o “corporativismo” como outro fator importante. “Os políticos se protegem, se ajudam. A absolvição de Jaqueline Roriz é um exemplo disso.”
O presidente da ONG CPI Brasil, Wellington Oliveira, acredita que o corrupto potencial é alguém que não sabe que um político é um servidor público – e se sabe não entende o significado de servidor. “O titular do cargo não é o político, mas o povo”, fala. (O próprio povo não sabe disso.)
Além disso, Oliveira diz que a corrupção nasce em um “limbo de gestão”. “Aquela área que ninguém conhece, os bastidores onde as coisas são decididas.”
A diretora do Movimento Voto Consciente, Sônia Barboza, enumera uma série de fatores para o aparecimento do ser corrupto. “A morosidade da Justiça, a sensação de poder, o acesso à quantidade considerável de dinheiro e, principalmente, uma legislação que permite certos candidatos se elegerem nas costas de Tiriricas.”
Diz Ernesto von Rücherü. em seu blog
Em parte nasce, mas não é imutável. A questão se é a
genética ou o ambiente que formam a personalidade e o caráter tem por resposta:
"Ambos". Há um livro: "Evil Genes", de Barbara Oakley (Prometheus), que discute
essa questão. Há casos patológicos de maldade intratável, mas, em geral, o
caráter advém de uma combinação desses fatores. Ninguém é perfeitamente bom de
nascença que não seja capaz de fazer alguma maldade nem completamente mal que
não seja capaz de se controlar e, até, fazer bondades. Considerando o ambiente
educacional da família e da escola na tenra infância, é possível orientar a
formação do caráter para o bem. Há uns problemas, contudo. O primeiro é que
parece que as famílias, a escola, a sociedade e os governos não estão
convencidos que a educação seja prioritária em relação à economia, a
agricultura, a indústria, o comércio, a saúde, os transportes, a habitação e
tudo o mais, quando, de fato, é da educação que surge todo o resto. Segundo que,
dentro da educação, nem todos os educadores estão convencidos de que a educação
da personalidade e do caráter seja prioritária em relação ao domínio de
conhecimentos teóricos e habilidades práticas para o exercício de alguma
profissão, como, de fato tem que ser.
Continuação:
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O PORTADOR DE DISTORÇÃO DO CARÁTER ((PSICOPATA)),ATUALMENTE A DENOMINAÇÃO DIAGNÓSTICA É:TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISOCIAL,SEM QUALQUER DÚVIDA É IRRECUPERÁVEL.LIBERTADO CERTAMENTE REPETIRÁ OS MESMOS CRIMES.CONTUDO EXISTEM CRIMINOSOS PRODUZIDOS POR EXPERIÊNCIAS DESFAFORÀVEIS NO AMBIENTE EM QUE FORAM CRIADOS OU NO QUAL VIVEM.ESTES ÚLTIMOS PODEM SE RECUPERAR CASO TENHAM OPORTUNIDADE.OS PSICOPATAS NÃO APRESENTAM ARREPENDIMENTO E SUA TENDÊNCIA CRIMINOSA NÃO PODE SER CORRIGIDA,POIS O INDIVÍDUO NASCE COM ELA.NA POLÍTICA TEMOS AMBOS OS TIPOS DE INDIVÍDUOS.MUITOS SÃO DECORRENTES DO AMBIENTE,MAS NÃO É DESPREZÍVEL O NÚMERO DE PSICOPATAS.
ResponderExcluircomo nossas crianças estao prescisando de nossas ajudas, vamos salvar as nossas geraçoes para que elas tenhao, o minimo de respeito no futuro, por nos
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