Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

ANIMALISMO dos PTistas

 

Bichos (ingleses e irlandeses), / Bichos de todas as partes! / Eis a mensagem de esperança, / No futuro que virá! / Cedo ou tarde virá o dia, / Cairá a tirania / E os campos todos da Inglaterra / Só aos bichos caberão! / Não mais argolas em nossas ventas, / Dorsos livres dos arreios, / Freios e esporas, descartados, / Chicotadas abolidas! / Muito mais ricos do que sonhamos / Possuiremos daí por diante / A Revolução dos Bichos / O trigo, o feno, e a cevada, / Pasto aveia e feijão! / Brilham os campos da Inglaterra, / Águas puras rolarão. / Ventos leves soprarão / Saudando a redenção! / 
Lutemos todos por esse dia / Mesmo que nos custe a vida! / Cavalos, vacas, perus e gansos, / Liberdade conquistemos! / Bichos ingleses e irlandeses, / Bichos de todas as partes!

*
 
George Orwell escreveu A Revolução dos Bichos, cuja história pode ser comparada perfeitamente à historieta do famigerado Partido que surgiu como o Partido dos Trabalhadores e se tornou o Partido dos Trambiqueiros. 
 
Aqui vai uma sinopse do que foi narrado por ele e transformado em um excelente livro:
 
É sobre a revolução provocada por alguns bichos que viviam na Granja de um proprietário com o nome de Jones.  Eram bichos mal tratados. Muitos deles, tolhidos por sua subserviência e ignorância,  nem sabiam disso e muito menos percebiam sua verdadeira situação. Acreditavam, ainda, que tinham uma situação excelente, o que os levava a adorar o explorador Sr. Jones.  A IGNORÂNCIA É O PIOR INIMIGO DO HOMEM!
Enquanto isso, outros se revoltavam até que, um dia, ocorreu a revolução dos bichos, ocasionada pela insatisfação de muitos deles.
 

Um dos bichos mais conhecidos era um porquinho gordo chamado Garganta Por manejar muito bem as palavras, tinha o poder de convencer a todos de tudo o que queria. Diziam, por causa disso, que Garganta seria capaz até de convencer que o preto era branco.
 

Um dia, o explorador Sr. Jones acabou sendo expulso.  A Granja do Solar, ao se tornar a granja dos bichos, teve seu nome trocado e passou a se chamar GRANJA DOS BICHOS.    Segundo eles, a Granja dos Bichos deveria reger sua vida eternamente, a partir daquele instante.  Concordaram, então, que nenhum animal jamais habitaria a casa central, a chamada ‘casa grande’.

 
Tudo quanto enxergavam era deles!
Mal podiam acreditar: tudo era deles.
Pararam silenciosos junto à porta da casa-grande.
Era deles também!

 
Foram feitos sete Mandamentos. Como deveriam ser cumpridos por TODOS,  foram escritos numa parede em grandes letras para que todos os lessem mesmo que estivessem a uma certa distância.

  

OS SETE MANDAMENTOS:  1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo;
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo; 3. Nenhum animal usará roupas; 4. Nenhum animal dormirá em cama; 5. Nenhum animal beberá álcool; 6. Nenhum animal matará outro animal; 7. Todos os animais são iguais. 

 

Primeiro acontecimento esquisito : "Eia, camarada!" 
 

Logo após a revolução, as vacas, inquietas, começaram a mugir porque há  muitas horas não eram ordenhadas. Depois de pensar no que fazer, os porcos pediram baldes e ordenharam as vacas com algum êxito, embora não estivessem acostumados a essa nova tarefa.  Ao acumularem baldes de leite, perguntaram o que fazer com o leite que estava nos baldes.  Nisso, um deles, um grande líder dos bichos, disse que não se preocupassem com aquilo.  Se postou diante dos baldes e se encarregou de cuidar do assunto, pois importante, mesmo, seria a colheita.  “Eu seguirei dentro de alguns minutos. Avante, camaradas! O feno está à espera.” - os animais marcharam para o campo de feno, para o iniciar a colheita.  Ao votarem, à tardinha, notaram que o leite havia desaparecido.
 

Os bichos, bem mandados, conseguiram, enfim, se dar bem na colheita, embora não fosse um hábito seu.  No entanto, seus ‘líderes’, os porcos, não trabalhavam, propriamente, apenas dirigiam e supervisionavam o trabalho dos outros.

 
Apesar de muito trabalho, os bichos estavam satisfeitíssimos, pois acreditavam que a comida era realmente deles, produzida por eles e para eles...
 
Aos domingos não se trabalhava e a refeição matinal era uma hora mais tarde . Depois , havia uma cerimônia que se realizava todas as semanas, começando com o hasteamento da bandeira.  Após o hasteamento da bandeira, todos se dirigiam ao grande celeiro, para uma assembléia geral chamada de "a Reunião", em que Lá planejavam e discutiam as resoluções, em que  era planejado o trabalho da semana seguinte e as resoluções que haviam sido tomadas... pelos porcos, os líderes.  “Os outros animais aprenderam a votar, mas nunca conseguiram imaginar uma resolução por conta própria.
 
Os bichos passaram a ser conclamados por diversos meio de Comitês de Animais.
 
Como a maior parte dos animais não se conformavam em aprender mais nada do que já sabiam, principalmente ler e escrever, os Sete Mandamentos foram condensados numa única máxima, que era: "Quatro pernas bom, duas pernas ruim."  Seria, esse, o princípio essencial do Animalismo. Quem o seguisse firmemente, estaria a salvo das influências humanas. Embora alguns não compreendessem direito o que lhes passavam, aceitaram como verdade tudo o que diziam os mais entendidos. Desse jeito, os bichos “mais modestos” se dedicaram a aprender de cor a nova máxima.
 

Dá para imaginar o que aconteceu daí em diante: os animais que detinham a liderança foram crescendo, às custas dos animais mais humildes que sempre acreditavam na bondade de seus líderes aproveitadores, sem perceber que continuavam a ser usados como eram antes, embora de maneira diferente e mais tapeadora. Se acostumaram e aceitaram a idéia inescrupulosa da  grande necessidade de todos os animais estarem prontos a morrer pela Granja dos Bichos, quando fosse preciso que o fizessem.
 
 
Dentre outras coisas, no lugar do sete mandamentos que viraram uma única frase, agora havia  “um único Mandamento que afirmava:  TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS MAS ALGUNS ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OS OUTROS  (Lembram quando um ex-presidente, suposto adorador dos trabalhadores, disse que Sarney não é uma 'pessoa comum” ? Talvez ele pensasse  - esperamos que não pense mais - que esse José Ribamar, que se transformou num Sarney, seja mais animal do que os outros !)
 
 
Com a desculpa esfarrapada de que teriam uma ou outra vantagem apenas para se cuidarem mais, pelo bem dos próprios outros bichos, os líderes foram se tornando cada vez mais autoritários e se aproveitando cada vez mais. Até que... 


 

 
 
 
 

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