´
Em seu artigo Seiscentos mil fatos tiveram de ser transportados pelo esquema criminoso num carro forte (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/seiscentos-mil-fatos-tiveram-de-ser-transportados-pelo-esquema-criminoso-num-carro-forte/), Reinaldo Azevedo fala sobre o mensalão e a exposição dos crimes do mensalão feita pelo Procurador-geral Roberto Gurgel.
Comenta, também, sobre o final da exposição em que Gurgel se refere a uma música de Chico Buarque, um PTista típico, um socialista-populista daqueles que acham que os bens de todos devem ser divididos com o povo... menos os bens dele, é claro.
Trecho do artigo de Reinaldo de Azevedo:
Ontem, quando deixava a sala para me dirigir ao estúdio da VEJA para gravar o programa (ver post), ouvi as palavras quase finais do procurador-geral, Roberto Gurgel, ao encerrar sua peça acusatória:
“Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações”
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações”
É trecho do “Vai Passar”, de Chico. E Gurgel se referia justamente àqueles que protagonizaram o escândalo que ficou conhecido pelo nome-fantasia de “mensalão”, mas que deve ser entendido como “formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva…”.
Pois é…
Em 2006, o mensalão já era de todos conhecido, e o homem do “Apesar de Você” e do “Vai Passar” subiu no palanque de Lula. Em 2010, no de Dilma. Alinhou-se, em suma, com os “envolvidos em tenebrosas transações” enquanto a “a nossa pátria mãe dormia tão distraída” (huuummm…).
O problema da “arte engajada” é que, geralmente, tem também uma agenda. Duvido que Chico tenha imaginado que um dia a sua canção se prestaria a isso. Afinal, segundo a lógica “da virada”, só existem o “nós” contra “eles”, um “nós” composto de homens honrados e um “eles”, de desonrados. E isso é um tolice e uma mentira.
Vai passar!
“Um dia”, seremos feitos só de indivíduos preocupados em cuidar da própria vida, tomando o cuidado de não importunar a dos outros. E nunca mais diremos “um dia…”. Eis uma “vertigem visionária que não carece de seguidor”, como disse um cantor.
VÍDEO COM A MÚSICA DE UM GRANDE COMPOSITOR
que defende os mais necessitados, reclama da situação de seu país,
cobra e exige dos outros, mas, quando chega na hora, não faz nada além de
falar em prosa e verso.
que defende os mais necessitados, reclama da situação de seu país,
cobra e exige dos outros, mas, quando chega na hora, não faz nada além de
falar em prosa e verso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opinião dos leitores