A esquerda precisa da direita para sobreviver. Para falar, para se mostrar, para se revoltar, para estrebuchar, para tapear. E quem foi que inventou essa história de que "ser de direita" é errado e certo é apenas ser um esquerdista? Afinal, para quem foi vantajosa a criação da "esquerdopatia" ?
Insistentemente, vemos dedos apontados para os outros dizendo que "vocês são de direita", e ainda vemos os que simpatizam mais com a direita do que com essa esquerda perniciosa, se acovardarem ao se sentirem acusados dessa forma. Como se fossem acusados de praticar um crime hediondo.
Portanto, mesmo que nossa tendência seja mais central, é importante enchermos o peito e gritarmos bem alto 'SOU DE DIREITA, SIM, COM MUITA HONRA", para evidenciar que ninguém possui o direito de nos obrigar a ser da maneira estúpida que gostariam que fôssemos.
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Em carta a Dilma, HRW (Human Rights Watch) pede pressão sobre direitos humanos na Venezuela - ONG destaca respeito a artigo sobre proteção aos direitos humanos no Mercosul (Janaína Figueiredo). Carta à presidente do Brasil-http://issuu.com/globovision/docs/hrw-presidenta_dilma_rousseff-entrada_venezuela_me
BUENOS AIRES
Como novo membro pleno do Mercosul, a Venezuela deverá respeitar os protocolos internos do bloco, entre eles os que garantem o total respeito aos direitos humanos, à liberdade de expressão e ao equilíbrio de poderes, pilar de toda democracia. A advertência foi feita pela Human Rights Watch, em carta que será recebida nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff. O texto, ao qual O GLOBO teve acesso, lembra que “o artigo 1º do Protocolo de Assunção sobre Compromisso com a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos do Mercosul declara: 'A plena vigência das instituições democráticas e o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais são condições essenciais para a vigência e evolução do processo de integração entre as partes'.”
Mês passado, a ONG divulgou um novo relatório sobre o governo do presidente Hugo Chávez, intitulado “Apertando o Cerco: Concentração e abuso de poder na Venezuela de Chávez”, no qual alertou sobre a falta de divisão de poderes e a utilização do Judiciário e organismos como a Comissão Nacional de Telecomunicações (CONATEL) por parte do governo para perseguir, ameaçar e intimidar opositores. A adesão plena da Venezuela ao Mercosul, diz a Human Rights Watch na carta, é uma oportunidade para que os demais sócios do bloco enfrentem “os graves problemas de direitos humanos” no país.
“Em relação ao artigo 1º, o governo do Presidente Hugo Chávez tem concentrado poder nas mãos do Executivo, deliberadamente minando a independência de outras instituições democráticas e eliminando controles essências contra o uso abusivo e arbitrário do poder do Estado. O impacto dessas ações nas garantias de direitos humanos na Venezuela tem sido dramático”, apontou a ONG.
O documento, redigido pela equipe do diretor da ONG para as Américas, José Miguel Vivanco, traça um claro panorama político e institucional da Venezuela. “O presidente Chávez e seus apoiadores na Assembleia Nacional passaram a controlar o Judiciário em 2004, quando aumentaram o número de ministros no Supremo Tribunal de 20 para 32 e nomearam aliados políticos para os 12 cargos adicionais. Após as eleições legislativas de 2010 terem reduzido a maioria de Chávez no Congresso, o governo rapidamente mudou as leis que regem o processo de nomeação de juízes e, em seguida, nomeou mais aliados ao Supremo Tribunal antes que os legisladores da oposição recém-eleitos assumissem os seus postos”, disse a carta, também enviada ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
Como fez no recente relatório, a ONG menciona alguns casos onde constataram-se violações dos direitos humanos, entre eles o da juíza María Lourdes Afiuni, detida desde 2009 “por ter concedido liberdade condicional a um crítico do governo, preso havia três anos sob acusação de corrupção e ainda não julgado. Embora sua decisão estivesse de acordo com as leis venezuelanas e internacionais, no dia seguinte o presidente Chávez qualificou-a como ‘bandida’ e exigiu a sua condenação a 30 anos de prisão. Ela permaneceu em prisão preventiva por mais de um ano num cárcere feminino para autores de crimes violentos e atualmente aguarda julgamento em prisão domiciliar”.
A Human Rights Watch questiona, ainda, o rígido controle à imprensa, através de leis e políticas públicas “que buscam controlar os meios de comunicação e reformular seu conteúdo”.
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