A esquerda precisa da direita para sobreviver. Para falar, para se mostrar, para se revoltar, para estrebuchar, para tapear. E quem foi que inventou essa história de que "ser de direita" é errado e certo é apenas ser um esquerdista? Afinal, para quem foi vantajosa a criação da "esquerdopatia" ?

Portanto, mesmo que nossa tendência seja mais central, é importante enchermos o peito e gritarmos bem alto 'SOU DE DIREITA, SIM, COM MUITA HONRA", para evidenciar que ninguém possui o direito de nos obrigar a ser da maneira estúpida que gostariam que fôssemos.
***
Em carta a Dilma, HRW (Human Rights Watch) pede pressão sobre direitos humanos na Venezuela - ONG destaca respeito a artigo sobre proteção aos direitos humanos no Mercosul (Janaína Figueiredo). Carta à presidente do Brasil-http://issuu.com/globovision/docs/hrw-presidenta_dilma_rousseff-entrada_venezuela_me
BUENOS AIRES
Como novo membro pleno do Mercosul, a Venezuela deverá respeitar os protocolos internos do bloco, entre eles os que garantem o total respeito aos direitos humanos, à liberdade de expressão e ao equilíbrio de poderes, pilar de toda democracia. A advertência foi feita pela Human Rights Watch, em carta que será recebida nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff. O texto, ao qual O GLOBO teve acesso, lembra que “o artigo 1º do Protocolo de Assunção sobre Compromisso com a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos do Mercosul declara: 'A plena vigência das instituições democráticas e o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais são condições essenciais para a vigência e evolução do processo de integração entre as partes'.”
Mês passado, a ONG divulgou um novo relatório sobre o governo do presidente Hugo Chávez, intitulado “Apertando o Cerco: Concentração e abuso de poder na Venezuela de Chávez”, no qual alertou sobre a falta de divisão de poderes e a utilização do Judiciário e organismos como a Comissão Nacional de Telecomunicações (CONATEL) por parte do governo para perseguir, ameaçar e intimidar opositores. A adesão plena da Venezuela ao Mercosul, diz a Human Rights Watch na carta, é uma oportunidade para que os demais sócios do bloco enfrentem “os graves problemas de direitos humanos” no país.
“Em relação ao artigo 1º, o governo do Presidente Hugo Chávez tem concentrado poder nas mãos do Executivo, deliberadamente minando a independência de outras instituições democráticas e eliminando controles essências contra o uso abusivo e arbitrário do poder do Estado. O impacto dessas ações nas garantias de direitos humanos na Venezuela tem sido dramático”, apontou a ONG.
O documento, redigido pela equipe do diretor da ONG para as Américas, José Miguel Vivanco, traça um claro panorama político e institucional da Venezuela. “O presidente Chávez e seus apoiadores na Assembleia Nacional passaram a controlar o Judiciário em 2004, quando aumentaram o número de ministros no Supremo Tribunal de 20 para 32 e nomearam aliados políticos para os 12 cargos adicionais. Após as eleições legislativas de 2010 terem reduzido a maioria de Chávez no Congresso, o governo rapidamente mudou as leis que regem o processo de nomeação de juízes e, em seguida, nomeou mais aliados ao Supremo Tribunal antes que os legisladores da oposição recém-eleitos assumissem os seus postos”, disse a carta, também enviada ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
Como fez no recente relatório, a ONG menciona alguns casos onde constataram-se violações dos direitos humanos, entre eles o da juíza María Lourdes Afiuni, detida desde 2009 “por ter concedido liberdade condicional a um crítico do governo, preso havia três anos sob acusação de corrupção e ainda não julgado. Embora sua decisão estivesse de acordo com as leis venezuelanas e internacionais, no dia seguinte o presidente Chávez qualificou-a como ‘bandida’ e exigiu a sua condenação a 30 anos de prisão. Ela permaneceu em prisão preventiva por mais de um ano num cárcere feminino para autores de crimes violentos e atualmente aguarda julgamento em prisão domiciliar”.
A Human Rights Watch questiona, ainda, o rígido controle à imprensa, através de leis e políticas públicas “que buscam controlar os meios de comunicação e reformular seu conteúdo”.
Mais sobre o assunto em
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opinião dos leitores