Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Sobre blogs - Tiago Dória (2007)

 Tiago Dória - entrevistas, retrospectiva

Artigo completo: http://www.tiagodoria.com.br/coluna/category/entrevistas/page/2/

 

Trechos das entrevistas de 2007 - Algumas delas: 

Na época de festas, o blog diminui o ritmo. As atualizações ficam menos constantes, embora continuem.  Tiago separei alguns dos melhores trechos das entrevistas que foram feitas no ano 2007.  
 
  
 
Thiane Loureiro, da Edelman Brasil
“Ainda a Internet é ‘manuseada’ como se fosse mídia tradicional, com mensagens de cima pra baixo (top down). Mas as empresas começam a se abrir e a perceber que é necessário virar esse jogo. E, em breve, veremos muito mais blogs corporativos recheando o dia-a-dia das corporações”.

 
 
  


 
Leandro Meireles, do blog Sampaist
“Acho que o que ainda falta, e que vamos demorar para atingir, é a diversidade editorial e a respeitabilidade que os blogs têm nos EUA. Os blogs brasileiros precisam furar e pautar mais a mídia”. 
 
 
Alexandre Inagaki, da InterNey Blogs
Aqui no Brasil, ainda são raros os casos de blogueiros que produzem conteúdo inédito jornalístico, com entrevistas e matérias elaboradas pelos mesmos. Por outro lado, a blogosfera é um ambiente desvinculado dos interesses ideológicos de uma empresa jornalística, dando a um jornalista a possibilidade de elaborar suas próprias pautas”.
 
 
Daniela Bertocchi e os 10 anos da blogosfera
“O erro, na verdade, não é esse; o equívoco é achar que o que separa os blogs é a fronteira do idioma [...]. Em primeiro lugar, o que separa os blogs é a fronteira cultural. E o idioma está incluído na cultura, junto com uma data de outros componentes bem complexos (como “identidade”, por exemplo)”.
 
 
 
 
 
 
Rodolfo Sikora, um dos fundadores do iJigg
“Web 2.0 para mim é um rótulo para identificar a revolução atual da web, que basicamente surgiu com o advento do AJAX e da possibilidade de integração simplificada entre tecnologias. Agora quer realmente saber minha opinião? Nada disto interessa se não servir para facilitar a vida das pessoas”.




 

Em uma das entrevistas a um blogueiro:


Pergunta: Um dos aspectos interessantes de seu livro é que você trata os blogs como uma ferramenta colaborativa e de publicação de conteúdo tão importante quanto os wikis. Você não acha que existe  muito  fetiche  em  torno dos blogs? Ou melhor – atualmente, existe uma supervalorização do uso da ferramenta blog?
 
Resposta: De jeito nenhum. Apesar de eu trabalhar desenvolvendo e dando manutenção a ambientes colaborativos há vários anos, só recentemente comecei a me envolver com blogs. É uma ferramenta incrivelmente simples e que propicia uma experiência libertadora: a de conversar com audiências.  Se você se interessa verdadeiramente por um assunto, o blog é a melhor maneira para você encontrar interlocutores, e isso pode aumentar muito o capital social de uma pessoa. 
 

P.: Você  comenta  que  saber  ler  e  escrever  são  condições  básicas para aproveitar a comunicação em rede.  Neste sentido,  como  você  vê  o projeto do laptop de US$ 100?
Antes  do  boom  da  internet  comercial,  em meados dos anos 1990, os profissionais que mediam o interesse dos consumidores não botavam fé na web.  Nada  em  suas pesquisas indicava  que  um  número significativo de pessoas trocaria o controle remoto e o sofá na frente  da  TV  pelo  desconforto  da  cadeira,  do  teclado  e  do  monitor como forma de entretenimento.
 
R.: Meu amigo André Passamani me contou que viu crianças de rua pedindo aos clientes que saiam de uma lanchonete do Mac Donalds, não esmolas, mas a nota fiscal da compra para elas poderem acessar a internet.
Tenho  um  amigo  que  se  referiu ao SoulSeek,  um  site de troca de arquivos de música, como  uma  ferramenta  de  conhecimento  pela  qual ele explora coisas  –  peças de arte, palestras, livros em audio – que de outra forma ele dificilmente teria acesso.  Eu  acredito que   o   projeto  do  laptop de  US$ 100,  se  implantado,  terá  um  impacto  muito  mais profundo que teremos condições de perceber no curto prazo.
 
 
A internet dando poder às pessoas
 

P.:  Em  todo  o  livro  você  escreve  sobre  mídia  social  a  partir  das  limitações   e necessidades  do   mercado   e   do   usuário  de  internet  no  Brasil.   Em  relação  às mídias  sociais e colaborativas, de forma resumida, o  que funciona lá fora  e  que não dá certo aqui?   E por quê?

R.:  O  brasileiro  dá  muito  valor  ao  relacionamento.   Coisas   que  sejam  objetivas   e impessoais talvez interessem menos do que ferramentas que estimulem os participantes a criar e cultivar vínculos.  Por exemplo,  o projeto Viva São Paulo  está  no ar desde 2004 e nesse período, internautas de todas as idades publicaram espontaneamente  mais  de  seis mil relatos biográficos relacionados à vida na cidade de São Paulo.   E eles fazem isso  não para   se  sentirem  importantes,  mas  para  lembrar  coletivamente.   Um  fragmento  de memória  repercute  no  grupo  de  participantes  e  elas  vão  recuperando partes de suas histórias  que  ficaram perdidas no tempo.  Um  dos  elementos  fundamentais desse site é o espaço de comentários. É lá que as pessoas se relacionam. 


Ainda existe o medo da superexposição, dos comentários negativos e falta enxergar blogs como meios eficientes de divulgação e construção de imagem. 


P.: A partir desses números da blogosfera brasileira [um preview], como você vê o futuro dos blogs e das redes de relacionamento aqui, no Brasil?
R. : Falta muito para crescer. Faltam profissionais capazes de entender a mudança de comportamento que a blogosfera e as redes promovem, e falta uma compreensão maior sobre que objetivos se pretende atingir com uma ação na Internet.
Ainda a Internet é “manuseada” como se fosse mídia tradicional, com mensagens de cima pra baixo (top down). Mas as empresas começam a se abrir e a perceber que é necessário virar esse jogo. E em breve veremos muito mais blogs corporativos recheando o dia-a-dia das corporações.


 
 

Um comentário:

  1. 8/01/2013 | 16:14 Claudio Humberto
    Hacker divulga dados de mensaleiros
    Um hacker divulgou nesta terça (8) uma página com os dados pessoas dos mensaleiros José Genoino, Delúbio Soares e José Dirceu. Os três foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão – esquema que consistia na compra de votos no Congresso Nacional para favorecer o governo do ex-presidente Lula. O hacker tornou público os telefones, endereços, e-mails e até os CPFs dos condenados. Os dados já foram espalhados na internet por meio do Twitter. "Isto é só o começo. Muitas coisas ainda virão. Poucos perceberam, mas no texto que fiz, eu coloquei a database do planalto.gov.br. É certeza que dados de muitos outros envolvidos no mensalão serão divulgados", disse o hacker em entrevista ao Estadão. "O Brasil viveu um dos momentos mais constrangedores de sua história”, completou ele ao justificar a divulgação dos dados.

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