Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

A vida do comunista Pedro Rousseff



Trechos retirados do artigo As armas e os varões, de Luiz Maklouf Carvalho.
Artigo, na íntegra, no site
do jornal O Estado de São Paulo

 

comunista Pétar Russév, pai de Dilma Rousseff

Pétar Russév era advogado e fora filiado ao Partido Comunista da Bulgária. Veio para o Brasil no final dos anos 30. Desembarcou em Salvador, mas, como achou o calor intolerável, foi para Buenos Aires.  Um dia voltou para o Brasil e se estabeleceu em São Paulo.  Chegou com algum dinheiro que se multiplicou, porque era bom de negócios.

Pétar Russév mudou o nome para Pedro Rousseff. Se casou, no Brasil,  com uma mulher cujos pais criavam gado. 

O pai de Dilma Rousseff ganhou um bom dinheiro com obras para a siderúrgica Mannesmann e negociando imóveis que ele mesmo fazia construir.  Pedro Rousseff tinha hábitos caros:  fumava cinco maços de Cairo por dia, tomava uísque, jogava cartas, se deleitava com uma mesa farta.

Os Rousseff moravam numa casa espaçosa, cuidada por três empregadas. As refeições eram servidas à francesa, com guarnições e talheres específicos.  Pedro Rousseff era visto com um  estrangeiro bon vivant.

Pedro Rousseff ofereceu uma formação de classe média européia aos seus filhos. Como dizia Igor,  "as crianças tinham piano em casa e uma professora particular, madame Vincent, os visitava semanalmente para ensinar francês".
Se tornaram sócios dos clubes mais tradicionais em Minas Gerais e Igor e Dilma entraram nas melhores escolas. Nas férias, iam de avião para a praia de Guarapari, no Espírito Santo, onde ficavam três semanas no Radium, o hotel-cassino. Pedro Rousseff passava horas jogando.

Uma vez, Pedro Rousseff trouxe Igor ao Rio de Janeiro de carro. Ficaram hospedados no Hotel Novo Mundo, no Flamengo, muito suntuoso na época.  O Hotel tinha um lustre imenso no saguão, mas o búlgaro comentou que já vira lustres muitíssimo mais valiosos em hotéis europeus.  Levou também o menino para conhecer um dos bancos com o qual fazia negócios. Não exatamente o banco, mas o cofre, com as pesadas portas de metal que Igor nunca esqueceu.
Em 1962, ao voltar um dia do Clube Campestre, onde tinha ido jogar, Pedro Rousseff passou mal e morreu, embora o médico tenha ido à casa deles.  Pedro Rousseff deixou “uns quinze bons imóveis' de herança, disse seu filho Igor.
 

Um comentário:

Opinião dos leitores